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ID
2907721
Banca
FCC
Órgão
Prefeitura de Recife - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Desde 2016, registra-se queda na cobertura vacinal de crianças menores de dois anos. Segundo o Ministério da Saúde, entre janeiro e agosto, nenhuma das nove principais vacinas bateu a meta estabelecida — imunizar 95% do público-alvo. O percentual alcançado oscila entre 50% e 70%.

      As autoridades atribuem o desleixo a duas causas. Uma: notícias falsas alarmantes espalhadas pelas redes sociais. Segundo elas, vacinas seriam responsáveis pelo autismo e outras enfermidades. A outra: a população apagou da memória as imagens de pessoas acometidas por coqueluche, catapora, sarampo. Confirmar-se-ia, então, o dito de que o que os olhos não veem o coração não sente.

      Trata-se de comportamento irresponsável que tem consequências. De um lado, ao impedir que o infante indefeso fique protegido contra determinada doença, os pais lhe comprometem a saúde (e até a vida). De outro, contribuem para que a enfermidade continue a se propagar pela população. Em bom português: apunhalam o individual e o coletivo. Põem a perder décadas de esforço governamental de proteger os brasileiros de doenças evitáveis.

      O Brasil, vale lembrar, é citado como modelo pela Organização Mundial de Saúde. As campanhas de vacinação exigiram esforço hercúleo. Para cobrir o território nacional e cumprir o calendário, enfrentaram selvas, secas, tempestades. Tiveram êxito. Deixaram relegada para as páginas da história a revolta da vacina, protagonizada pela população do Rio de Janeiro que, no início do século passado, se rebelou contra a mobilização de Oswaldo Cruz para reduzir as mazelas do Rio de Janeiro. O médico quis resolver a tragédia da varíola com a Lei da Vacina Obrigatória.

      Tal fato seria inaceitável hoje. A sociedade evoluiu e se educou. O calendário de vacinação tornou-se rotina. Graças ao salto civilizatório, o país conseguiu erradicar males que antes assombravam a infância. O retrocesso devolverá o Brasil ao século 19. Há que reverter o processo. Acerta, pois, o Ministério da Saúde ao deflagrar nova campanha de adesão para evitar a marcha rumo à barbárie. O reforço na equipe de agentes de imunização deve merecer atenção especial.

(Adaptado de: “Vacina: avanço civilizatório”. Diário de Pernambuco. Editorial. Disponível em: www.diariodeper-nambuco.com.br)

Uma frase em que se divulga informação sem a explícita veiculação de um juízo de valor é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito = Letra D

     

    para encontrar o item desprovido de juízo de valor, busque entre as alternativas um que tenha um dado estatístico. Tal dado é concebido por um órgão. Logo, não há espaço para juízo de valor. 

     

     

    Desde 2016, registra-se queda na cobertura vacinal de crianças menores de dois anos. Segundo o Ministério da Saúde, entre janeiro e agosto, nenhuma das nove principais vacinas bateu a meta estabelecida — imunizar 95% do público-alvo. O percentual alcançado oscila entre 50% e 70%.

  • Gab. D

    Juízo de valor = baseado num ponto de vista pessoal

    Ou seja, onde estiver uma opinião há um juízo de valor. Exemplo na questão:

    a) Põem a perder décadas de esforço governamental de proteger os brasileiros de doenças evitáveis. (ponto de vista do autor)

    b) Trata-se de comportamento irresponsável que tem consequências. (ponto de vista do autor)

  • Gabarito letra C!

    A explicação dos colegas está correta porém a alternativa equivocada.

  • LETRA C

    Nas letras A,B, D e E percebemos claramente a adjetivação das situações, isso é demonstra uma marca de pessoalidade.

  • "Observa-se" "Olha-se" Entende-se' 3º pessoa indica impessoalidade...

    Ler o texto 2 vezes ajuda a responder as questões com mais segurança

  • N entendi nada

  • juízo de valor é um juízo sobre a correção ou incorreção de algo, ou da utilidade de algo, baseado num ponto de vista pessoal.

  • A unica que nao deu sua opinião..