SóProvas


ID
2907724
Banca
FCC
Órgão
Prefeitura de Recife - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Desde 2016, registra-se queda na cobertura vacinal de crianças menores de dois anos. Segundo o Ministério da Saúde, entre janeiro e agosto, nenhuma das nove principais vacinas bateu a meta estabelecida — imunizar 95% do público-alvo. O percentual alcançado oscila entre 50% e 70%.

      As autoridades atribuem o desleixo a duas causas. Uma: notícias falsas alarmantes espalhadas pelas redes sociais. Segundo elas, vacinas seriam responsáveis pelo autismo e outras enfermidades. A outra: a população apagou da memória as imagens de pessoas acometidas por coqueluche, catapora, sarampo. Confirmar-se-ia, então, o dito de que o que os olhos não veem o coração não sente.

      Trata-se de comportamento irresponsável que tem consequências. De um lado, ao impedir que o infante indefeso fique protegido contra determinada doença, os pais lhe comprometem a saúde (e até a vida). De outro, contribuem para que a enfermidade continue a se propagar pela população. Em bom português: apunhalam o individual e o coletivo. Põem a perder décadas de esforço governamental de proteger os brasileiros de doenças evitáveis.

      O Brasil, vale lembrar, é citado como modelo pela Organização Mundial de Saúde. As campanhas de vacinação exigiram esforço hercúleo. Para cobrir o território nacional e cumprir o calendário, enfrentaram selvas, secas, tempestades. Tiveram êxito. Deixaram relegada para as páginas da história a revolta da vacina, protagonizada pela população do Rio de Janeiro que, no início do século passado, se rebelou contra a mobilização de Oswaldo Cruz para reduzir as mazelas do Rio de Janeiro. O médico quis resolver a tragédia da varíola com a Lei da Vacina Obrigatória.

      Tal fato seria inaceitável hoje. A sociedade evoluiu e se educou. O calendário de vacinação tornou-se rotina. Graças ao salto civilizatório, o país conseguiu erradicar males que antes assombravam a infância. O retrocesso devolverá o Brasil ao século 19. Há que reverter o processo. Acerta, pois, o Ministério da Saúde ao deflagrar nova campanha de adesão para evitar a marcha rumo à barbárie. O reforço na equipe de agentes de imunização deve merecer atenção especial.

(Adaptado de: “Vacina: avanço civilizatório”. Diário de Pernambuco. Editorial. Disponível em: www.diariodeper-nambuco.com.br)

Considerado o contexto, ao reescrever o trecho Tal fato seria inaceitável hoje. A sociedade evoluiu e se educou (5° parágrafo) em um único período, com o sentido e a correção preservados, tem-se:


Tal fato seria inaceitável hoje,

Alternativas
Comentários
  • Conjunção causal: Porque, pois, porquanto, como (no sentido de porque), pois que, por isso que, á que, uma vez que, visto que, visto como...

  • "Tal fato seria inaceitável hoje. A sociedade evoluiu e se educou"

    a segunda oração contrasta mas não anula a primeira, ou seja, deve ser reescrita com uma conjunção CONCESSIVA:

    Conquanto

    Ainda que

    Embora

    Posto que

    entre outras

    Gabarito: A

  • gab. A

  • Tal fato seria inaceitável hoje. A sociedade evoluiu e se educou

    Tal fato seria inaceitável hoje (efeito) uma vez que a sociedade evoluiu e se educou (CAUSA).

    LETRA A.

  • Embora = concessão (contraria parte da frase anterior)

    Ainda que = concessão

    Uma vez que = causal

    Todavia = adversativa

    Tomar cuidado com a semelhança entre conjunções adversativas e concessivas!

  • Atleta-Monge-Bruxo 90% das pessoas nem conhecem Olavo, seu canhoto vigarista. Dsts vêm aumentado entre população tbm, já sabem de quem é a culpa, né? uauaua

  • A segunda frase estabelece com a primeira uma relação de causa. Dessa forma, ao unir as duas informações em um só período, é possível fazer uso das conjunções subordinativas causais porque, pois, visto que, já que, uma vez que, porquanto, haja vista, etc.

  • GABARITO: LETRA A

    Causaisintroduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc. Por exemplo:

    Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.

    Como não se interessa por arte, desistiu do curso.

    FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR