SóProvas


ID
2908264
Banca
FCC
Órgão
AFAP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Uma empresa obteve um equipamento industrial por meio de um contrato de arrendamento. O contrato foi realizado em 31/12/2016, o prazo total é de 8 anos e a empresa pagará 8 parcelas anuais de R$ 502.403,29, vencendo-se a primeira parcela em 31/12/2017. O valor presente das parcelas do contrato, na data de início do arrendamento, era R$ 3.000.000,00 e foi calculado com a taxa implícita de juros do contrato que era 7% ao ano.

No final do prazo do contrato o equipamento será transferido gratuitamente para a empresa que pretende ficar com o mesmo após este prazo. Sabendo-se que a empresa estimou a vida útil para o equipamento em 10 anos e o valor residual esperado em R$ 480.000,00, a despesa total reconhecida na Demonstração do Resultado de 2017, decorrente da operação de arrendamento realizada foi, em reais

Alternativas
Comentários
  • CPC 06 (R2) - Operações de Arrendamento Mercantil

    Arrendatário

    Reconhecimento

    22. Na data de início, o arrendatário deve reconhecer o ativo de direito de uso e o passivo de arrendamento.

     

    Mensuração

    Mensuração inicial do ativo de direito de uso

    23. Na data de início, o arrendatário deve mensurar o ativo de direito de uso ao custo.

    26. Na data de início, o arrendatário deve mensurar o passivo de arrendamento ao valor presente dos pagamentos do arrendamento que não são efetuados nessa data. Os pagamentos do arrendamento devem ser descontados, utilizando a taxa de juros implícita no arrendamento, se essa taxa puder ser determinada imediatamente. Se essa taxa não puder ser determinada imediatamente, o arrendatário deve utilizar a taxa incremental sobre empréstimo do arrendatário.

     

    Uma empresa obteve um equipamento industrial por meio de um contrato de arrendamento em 31/12/2016

    Valor Presente=R$ 3.000.000

    Taxa Implícita de Juros=7% ao ano.

    Total de anos= 8

    Parcelamento anual=R$ 502.403,29

    Vencimento da 1ª Parcela em 31/12/2017.

     

    D: Imobilizado (AÑC) R$ 3.000.000

    D: Juros a Transcorrer (PÑC) R$ 1.019.226,32

    C: Contas a Pagar (PÑC) (R$ 502.403,29*8) R$ 4.019.226,32

     

    A Cia. Segura reconheceu, em 30/11/2017, despesa  de:

    Despesa Financeira=R$ 3.000.000*7%=R$ 210.000

     

     Sabendo-se que a empresa estimou a vida útil para o equipamento em 10 anos e o valor residual esperado em R$ 480.000

    Depreciação=(R$ 3.000.000 - R$ 480.000)/10=R$ 252.000

    (=) Despesa Total=R$ 210.000 + R$ 252.000=R$ 462.000

    Gab. C

     

     

  • Questão confusa. A questão pede a despesa decorrente com o arrendamento. Entendo que a despesa com a depreciação não deveria entrar no calculo.

  • Como o colega Alan Brito já explicou os cálculos, vou apenas explicar o questionamento do Edimar.

    O enunciado pede a despesa decorrente da operação de arrendamento. Logo teremos uma despesa composta por 2 parcelas, uma financeira e outra de depreciação, tendo em vista que a depreciação só ocorre em virtude da operação inicial de arrendamento mercantil. Se não houvesse o arrendamento, não haveria o imobilizado, consequentemente não haveria a despesa de depreciação. Daí o motivo da soma dessas 2 parcelas.

  • Despesa Total do Arrendamento = Despesa Financeira + Despesa com Depreciação

    DESPESA FINANCEIRA:

    Valor Contábil x Taxa = 3.000.000 x 7% = 210.000

    DESPESA COM DEPRECIAÇÃO:

    (Valor Contábil - Valor Residual) / Vida Útil = (3.000.000 - 480.000) / 10 = 252.000

    DESPESA TOTAL = 210.000 + 252.000 = 462.000

    GABARITO: C

  • Só lembrando que:

    Se o arrendatário vai adquirir o ativo arrendado --> Deprecia pela vida útil

    Se o arrendatário não vai adquirir o ativo arrendado --> Deprecia pela vida útil ou pelo prazo do arrendamento (o que for menor)

  • Na data de início, o arrendatário deve mensurar o ativo de direito de uso ao custo.

    O custo do ativo de direito de uso deve compreender:

    (a) o valor da mensuração inicial do passivo de arrendamento (valor presente);

    (b) quaisquer pagamentos de arrendamento efetuados até a data de início, menos quaisquer incentivos de arrendamento recebidos;

    (c) quaisquer custos diretos iniciais incorridos pelo arrendatário; e

    (d) a estimativa de custos a serem incorridos pelo arrendatário na desmontagem e remoção do ativo subjacente, restaurando o local em que está localizado ou restaurando o ativo subjacente à condição requerida pelos termos e condições do arrendamento, salvo se esses custos forem incorridos para produzir estoques. O arrendatário incorre na obrigação por esses custos seja na data de início ou como consequência de ter usado o ativo subjacente durante um período específico.

    Assim, a arrendatária reconhecerá, em 31/12/2016, o valor de R$ 3.000.000 em seu imobilizado. O lançamento inicial do arrendamento será o seguinte:

    D – Equipamentos      R$ 3.000.000,00      (ANC – Imobilizado)

    D – Encargos Financeiros a Transcorrer      R$ 1.019.226,32      (Retificadora do PE)

    C – Arrendamentos a Pagar      R$ 4.019.226,32      (PE)          →        8 x R$ 502.403,29

    Além disso, em 31/12/2017 a arrendatária reconhecerá a despesa financeira referente ao primeiro ano do arredamento financeiro.

    Despesa Financeira = R$ 3.000.000 × 7% = R$ 210.000

    O lançamento contábil de apropriação desta despesa financeira é o seguinte:

    D – Despesa Financeira      R$ 210.000      (Resultado)

    C – Encargos Financeiros a Transcorrer      R$ 210.000      (Retificadora do Passivo Exigível)

    Ainda temos que calcular a despesa de depreciação do item.

    Depreciação Anual = (Custo - Valor Residual) / (Vida Útil)

    Depreciação Anual = (3.000.000 - 480.000) / (10 anos) = R$ 252.000

    O lançamento contábil de apropriação desta despesa de depreciação é o seguinte:

    D – Despesa de Depreciação      R$ 252.000      (Resultado)

    C – Depreciação Acumulada      R$ 252.000      (Retificadora do ANC)

    Desta forma, o valor total apropriado ao resultado foi de R$ 462.000, sendo R$ 210 mil de despesa financeira e R$ 252 mil de despesa de depreciação.

    Com isso, correta a alternativa C.

  • https://youtu.be/-Xz4i99LJ_s?t=4489

    Nesse vídeo tem uma questão bem parecida com essa

    Mas resumindo,

    Basta entender que no arrendamento mercantil (na mensuração subsequente) há dois custos, a depreciação e despesas financeiras.

    No calculo da depreciação = o valor presente- valor residual/ vida útil

    No calculo das despesas financeiras = valor presente x taxa

    Basta somar e teremos o valor das despesas. O calculo já foi feito pelos colegas.

  • A questão aborda os itens registro de bem do imobilizado decorrente de contrato de leasing (arrendamento), depreciação de bem do imobilizado e resultado.

    Primeiramente, vamos ao registro do bem em 31/12/2016, data do contrato de arrendamento.

    O pronunciamento CPC 06 determina que o ativo decorrente de contrato de leasing deve ser registrado pelo valor presente das parcelas.

    Sendo assim, nesta data teríamos o seguinte registro.

    D – Máquinas e equipamentos                              3.000.000,00 (imobilizado)

    D- Juros a transcorrer                                            1.019.226,32 (retificadora do passivo)

    C- Leasing a pagar                                                 4.019.226,32 (passivo)

    Importante observar que no momento da aquisição os juros não serão contabilizados como despesa para a empresa , em função do regime de competência. O reconhecimento dos juros no resultado ocorrerá com a passagem do tempo, no caso da questão, ao final de cada ano.

    A empresa, em 31/12/2017, terá que reconhecer no seu resultado, duas despesas. A saber, os juros do ano de 2017 e a depreciação do mesmo período.

    Cálculo dos juros.

    Para este cálculo, vamos considerar o valor do saldo da dívida no ano imediatamente anterior. Esta é a diferença entre as contas leasing a pagar e juros a transcorrer.

    Valor da dívida          3.000.000 (4.019.226,32 – 1.019.226,32)

    Multiplicaremos o valor da dívida pela taxa implícita de juros.

    Os juros do período serão:

    3.000.000 x 7% = 210.000

    Agora vamos ao cálculo da depreciação

    Custo de aquisição                           3.000.000

    (-) Valor residual                                 (480.000)

    (=) valor depreciável                         2.520.000

    (÷) vida útil                                            ÷ 10

    (=) depreciação anual                       252.000.

    O total das despesas será:

    Juros                                                     210.000

    Depreciação                                          252.000

    Total                                                     462.000

    Resposta: C

  • RESOLUÇÃO DA QUESTÃO:

    https://www.youtube.com/watch?v=nkUyM058kVc

    MATERIAL DE APOIO: https://drive.google.com/file/d/1NpAD7wTv2irBL4C44_z-P80SFtcY2sEp/view?usp=sharing

  • Comentários do prof. Gilmar Possati:

    Basicamente, temos como despesas a serem contabilizadas a despesa financeira e a despesa de depreciação.

    Despesa Financeira = Taxa Efetiva de Juros x Valor Presente do Contrato

    Depreciação anual = (Valor do Ativo - Valor Residual)/Vida Útil

    Assim, temos: Despesa Financeira = 7% x 3.000.000,00 = 210.000,00

    Depreciação = (3.000.000,00 - 480.000,00)/10 anos = 252.000,00

    Logo, a despesa total é de 462.000,00.

    O enunciado afirma que o contrato tem prazo de 8 anos e que a vida útil do equipamento é de 10 anos. Além disso, informa que a empresa pretende ficar com o equipamento após o término do contrato. Logo, devemos utilizar a vida útil de 10 anos. Se não houvesse a opção de compra utilizaríamos como vida útil para fins de depreciação o menor prazo entre o do contrato (8 anos, no caso da questão) e a vida útil do equipamento (10 anos, no caso da questão). Logo, seria 8 anos!

    Gabarito: C

  • Essa questão é padrão da FCC se quiser uma resolução rápida tá aqui: https://youtu.be/3khIB6ek6WY

    Outra bem parecida https://youtu.be/zRYN1fI_yTU