Mais um dia cansativo. São seis horas da tarde e, após um dia estressante
no trabalho, a única coisa que você quer é chegar em casa e descansar. Mas,
conforme o ônibus avança, aparecem no caminho os bares da vida. O ônibus
para no sinal e, ao olhar para o lado, você vê todas aquelas pessoas com seus
copos nas mãos, sentadas, rindo. Mas eu já bebi ontem, você pensa. E hoje
ainda é terça-feira.
É difícil resistir. Desce tão gelada, refrescante. Só um copinho, você diz.
Ainda mais depois de um longo dia de trabalho, eu mereço. Toca a sineta e você
desce do ônibus pensando: um diazinho a mais que mal tem?
Essa é uma cena comum que repercute entre as milhares de pessoas que
utilizam o álcool como uma forma de desestressar. O problema está quando isso
se torna frequente, dia após dia. O consumo excessivo e inadequado pode
acarretar dependência química, conhecida como alcoolismo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de
álcool per capita no Brasil aumentou 43,5% em dez anos. Ainda de acordo com
a OMS, um total de 3,3 milhões de pessoas morrem todos os anos pelas
consequências do álcool, representando 5,9% de todas as mortes no mundo.
Em pessoas de 20 a 39 anos, 25% das mortes têm uma relação direta com o
álcool.
Para a OMS, os governos têm a responsabilidade de formular,
implementar, monitorar e avaliar políticas públicas para reduzir o uso excessivo
do álcool.
FERNANDES, Octávio Disponível em:
https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/blogs/opinião1363900/Alcool-o-prazer que-destroi-aos-poucos-1.686439. Acesso em 16.jan.2019. (Adaptado)
Para garantir a adesão à ideia de que o governo é responsável pelo
estabelecimento de políticas públicas que reduzam o consumo de álcool, o autor
apresenta