De acordo com Felipe Pena, em Teoria do Jornalismo, a Teoria do Espelho foi a primeira metodologia utilizada na tentativa de compreender porque as notícias são como são, ainda no século XIX. Ainda segundo o autor, sua base é a ideia de o jornalismo reflete a realidade: A imprensa funciona como um espelho do real, apresentando um reflexo claro dos acontecimentos do cotidiano.
Conforme Nelson Traquina, em Teorias do Jornalismo, “é a teoria mais antiga e responde que as notícias são como são porque a realidade assim as determina”. "Central à teoria e á noção-chave de que o jornalista é um comunicação desinteressado, isto é, um agente que não tem interesses específicos a defender e que o desviam da sua missão de informar, procurar a verdade, contar o que aconteceu, doa a quem doer."
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“Certamente as notícias são um produto centrado no referente, onde a invenção e a mentira são violações das mais elementares regras jornalísticas. Assim, o referente, ou seja, “a realidade”, não pode deixar de ser um fator determinante do conteúdo noticioso.”
A teoria do espelho pressupõe que as notícias são como são porque a realidade assim as determina.
A metáfora é autoexplicativa.Ela foi a primeira metodologia usada na tentativa de compreender porque as notícias são como são, ainda no século XIX. Sua base é a ideia de que o jornalista reflete o que é a realidade, ou seja, as notícias são como são porque a realidade assim as determina. A imprensa funciona como espelho da realidade, apresentando um reflexo do cotidiano.
Essa teoria acredita que o jornalista é um mediador desinteressado, cuja missão é emitir um relato equilibrado e honesto sobre as suas observações. Seu dever é informar e informar quer dizer, buscar a verdade acima de qualquer coisa.
Mas essa teoria é pobre e insuficiente por natureza. A simples argumentação de que a linguagem neutra é impossível, bastaria para refutar a teoria do espelho, pois não há como transmitir significado direto dos acontecimentos. Uma fonte pode distorcer o que realmente aconteceu, não é difícil encontrarmos lacunas nesta teoria. Sempre há um mediador entra o fato e o repórter o que pode ocasionar uma distorção da realidade.