Questão 2934757

• Banca: Exército
• Órgão: IME
• Ano: 2018
• Provas: Exército - 2018 - IME - Quadro de Engenheiro Militar - Português e Inglês
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos; Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A respeito do “conceito de erro em língua”, o gramático Luiz Antônio Sacconi, em sua obra “Nossa Gramática – Teoria e Prática”, afirma:

“Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele falar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta. (…) Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume. Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o comete, passando, assim, a constituir fato linguístico (registro de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda que não tenha amparo gramatical).”

SACCONI, Luiz Antônio. Nossa Gramática – Teoria e Prática – 18ª ed. Reformada e atual. São Paulo: Atual, 1994. pp. 8 e 9.

Considerando o conceito de “erro em língua”, exposto acima, assinale a alternativa em que se apresenta uma transgressão da norma culta considerada “fato linguístico”?

• A. Eu não sei aonde o elefante quer chegar.
  
• B. Ana Lins Bretas, cujo pseudônimo era Cora Coralina, foi uma grande escritora brasileira.
  
• C. “E há por fim os olhos, / onde se deposita / a parte do elefante” (texto 2, versos 19 a 21).
  
• D. “Ele não encontrou / o de que carecia, / o de que carecemos,” (texto 2, versos 86 a 88).
  
• E. É uma das poucas opiniões do poeta onde existe uma controvérsia.
  

Gabarito: E

Comentários

• GABARITO: LETRA E

  A questão faz um enorme rodeio no enunciado, simplificando: ela quer a alternativa errada.

  A) Eu não sei aonde o elefante quer chegar. >>> correta. Quem chega, chega A algum lugar. Logo temos a+onde = aonde.

  B) Ana Lins Bretas, cujo pseudônimo era Cora Coralina, foi uma grande escritora brasileira. >>> cujo com valor possessivo, usado corretamente.

  C) “E há por fim os olhos, / onde se deposita / a parte do elefante” (texto 2, versos 19 a 21). >>> retoma um lugar que é depositado "olhos" ---- uso correto.

  D) “Ele não encontrou / o de que carecia, / o de que carecemos,” (texto 2, versos 86 a 88). >>> Quem carece, carece DE alguma coisa, logo a preposição deve ficar antes do pronome relativo "que".

  E) É uma das poucas opiniões do poeta onde existe uma controvérsia. >>> uso incorreto, pois o "onde" não foi usado para retomar um lugar. O uso correto seria: "em que."

  Força, guerreiros(as)!!