SóProvas


ID
2936629
Banca
CETAP
Órgão
Prefeitura de Ananindeua - PA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto com atenção e responda a questão de acordo com os comandos.

A MÁGICA DA EDUCAÇÃO
Educar-se é a precondição para que o trabalho seja uma escola 

Quase todos entendem: Os mais educados ganham mais. Por que será? O que a escola terá enfiado na cabeça do aluno, mudando sua forma de trabalhar - ou de se comportar como cidadão? Os números mostram claramente: quanto mais anos de escolaridade, maior o nível de renda. Que outras dúvidas haveria para demonstrar o poder da educação?
Isso é fácil de entender, pois aprendem-se na escola coisas que podemos usar no primeiro dia de trabalho. De fato, aprendem-se habilidades que o mercado valoriza e pelas quais está disposto a pagar, como ler, escrever, receber instruções por escrito e muito mais. A escolaridade permite decifrar um orçamento e entender um manual de instruções. Quem sabe fazer essas coisas ganha mais, pois é mais produtivo para a empresa. E, como os economistas demonstram de forma persuasiva, se alguém recebe salários maiores é porque produz mais. Mas os números contêm uma charada. Com o passar do tempo, vamos esquecendo o que aprendemos na escola. Alguns conhecimentos mal duram até o dia da prova.
Ao começarmos a trabalhar, usamos o que nos ensinou a escola. No ano seguinte, já teremos esquecido muito do que nos foi ensinado. Sendo assim, diria a lógica, se ganhamos pelo que aprendemos na escola, ao irmos esquecendo, nosso salário deveria diminuir. Mas é exatamente o oposto. Os analfabetos se aposentam praticamente com o mesmo salário inicial. Para quem estudou, em vez de caírem, os salários sobem ao longo da vida profissional. E não é só isso: sobem mais quanto mais escolaridade se consegue acumular. Mas não voltamos à escola, não nos ensinaram nada de novo que pudesse ser remunerado. Ainda assim, sobem os salários.
Por que será? Diante de uma situação de trabalho, o analfabeto não consegue encontrar uma maneira melhor de lidar com ela. Portanto, continua fazendo sempre o mesmo. Já quem passou pela escola adquiriu formas de pensar e agir que permitem decifrar as situações de trabalho e lidar criativamente com os desafios que aparecem. Amadurece seu julgamento, toma melhores decisões e aprende formas mais eficazes de trabalhar. Além disso, alcança uma compreensão mais ampla do mundo. Enfim, adquire um equipamento intelectual que lhe permite transformar a experiência de trabalho em produtividade. Usando uma expressão comum aprender a aprender.
Portanto, quanto mais aprendemos na escola, mais somos capazes dessa conversão de experiência em aprendizado. O equipamento para lidar criativamente e aprender com o mundo do trabalho torna-se mais poderoso. Com um diploma superior, ao chegar à maturidade, um indivíduo ganha três vezes seu salário inicial. Os números são claros: a capacidade de aprender a aprender dos mais escolarizados vale mais que os conhecimentos úteis que possuíam no primeiro dia de trabalho. A educação consiste em equipar as pessoas para aprender a fazer coisas que não foram ensinadas na escola. O trabalho é uma grande escola, mas somente para quem estudou. No fundo, os conhecimentos incluídos nos currículos valem menos por sua utilidade intrínseca e mais pela oportunidade de exercitar nosso raciocínio, ao lidarmos com eles.

(CASTRO, Cláudio de Moura. Revista Veja, 6 de AGOSTO, 2018. p. 73)



Ao re-escrever a frase, houve desobediência à norma padrão em:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A está meio zoada.

    Alternativa D está errada por esse motivo:

    d)Enfim, adquire um equipamento que lhe permite transformar a experiência de trabalho./Adquire, enfim, um equipamento que o permite transformar a experiência de trabalho.

    Quem permite , permite algo ou alguma coisa a alguém.

    Adquire, enfim, um equipamento que permite a ele transformar a experiência de trabalho.

    O verbo permitir é bitransitivo exigindo a preposição quando se refere a alguém.

    GABARITO D

  • Por que a alternativa A está correta? Não seria "Por que será"?

  • LHE - OBJETO INDIRETO

    O - OBJETO DIRETO

    LOGO, NÃO PODE FAZER A SUBSTITUIÇÃO UM PELO OUTRO

  • Marquei direto A sem ler as outras. Alguém poderia me explicar por que ela não é a correta (também)?
  • a questão deveria pedir a correta porque A B e D estão erradas

    letra A -> em final de pergunta é utilizado o "por quê" (com acento e separado), esse "porquê" é sinônimo de "motivo"

    letra B -> desde quando tem acento em "existiriam" ?????

    marquei a A também, pois saquei logo o erro, mas essa banca ta uma p****

  • Eu fiz essa prova e fui buscar algum comentário aqui e descobri que foi colocada errada no site as questões

    a e b , pois na prova o "porquê" está separado "será por quê " e "existiríam" está sem o acento. Buscar a questão na prova sempre bom.

    Gabarito D

  • QConcursos tem clara dificuldade em categorizar corretamente as questões de interpretação. A presente versa sobre gramática

  • Pessoal, fiz de forma diferente a resolução da questão... se alguém puder comentar se está correto. Na D, a primeira frase, iniciando com o enfim, serve para sintetizar uma lista feita anteriormente.

    Ex: Fui no mercado e comprei uvas, peras, abacaxi, enfim, muitas frutas.

    Já na segunda frase, o enfim deslocado daria a ideia de tempo.

    Ex: Adquiri, enfim, aquela máquina que precisava.

    Ou seja, adquiri finalmente.

  • D

    Fui na lógica de não poder separar complemento com vírgulas.