SóProvas


ID
2938390
Banca
VUNESP
Órgão
UNICAMP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Página infeliz


            O mercado editorial no Brasil nunca pareceu tão próximo de uma catástrofe - com as duas principais redes de livrarias do país, Saraiva e Cultura, em uma crise profunda, reduzindo o número de lojas e com dívidas que parecem sem fim.

            Líder do mercado, a Saraiva, que já acumula atrasos de pagamentos a editores nos últimos anos, anunciou nesta semana o fechamento de 20 lojas. Em nota, a rede afirma que a medida tem a ver com “desafios econômicos e operacionais”, além de uma mudança na “dinâmica do varejo”.

            Na semana anterior, a Livraria Cultura entrou em recuperação judicial. No pedido à Justiça, a rede afirma acumular prejuízos nos últimos quatro anos, ter custos que só crescem e vendas menores. Mesmo assim, diz a petição enviada ao juiz, não teria aumentado seus preços.

            O enrosco da Cultura está explicado aí. Diante da crise, a empresa passou a pegar dinheiro emprestado com os bancos - o tamanho da dívida é de R$ 63 milhões.

        Com os atrasos nos pagamentos das duas redes, editoras já promoveram uma série de demissões ao longo dos últimos dois anos.

            O cenário de derrocada, contudo, parece estar em descompasso com os números de vendas. Desde o começo do ano, os dados compilados pela Nielsen, empresa de pesquisa de mercado, levantados a pedido do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, mostravam que o meio livreiro vinha dando sinais de melhoras pela primeira vez, desde o início da recessão econômica que abala o país. 

            Simone Paulino, da Nós, editora independente de São Paulo, enxerga um descompasso entre as vendas em alta e a crise. Nas palavras dela, “um paradoxo assustador.” A editora nunca vendeu tanto na Cultura quanto nesses últimos seis meses”, diz. E é justamente nesse período que eles não têm sido pagos.

            “O modelo de produção do livro é muito complicado. Você investe desde a compra do direito autoral ou tradução e vai investindo ao longo de todo o processo. Na hora que você deveria receber, esse dinheiro não volta”, diz Paulino. 

            “Os grandes grupos têm uma estrutura de advogados que vão ter estratégia para tentar receber. E para os pequenos? O que vai acontecer?” 

            Mas há uma esperança para os editores do país: o preço fixo do livro. Diante do cenário de crise, a maior parte dos editores aposta em uma carta tirada da manga no apagar das luzes do atual governo - a criação, no país, do preço fixo do livro - norma a ser implantada por medida provisória - nos moldes de boa parte de países europeus, como França e Alemanha. 

            Os editores se inspiram no pujante mercado europeu. Por lá, o preço fixo existe desde 1837, quando a Dinamarca criou a sua lei limitando descontos, abolida só em 2001. A crença é a de que a crise atual é em parte causada pela guerra de preço. Unificar o valor de capa permitiria um florescimento das livrarias independentes, uma vez que elas competiriam de forma mais justa com as grandes redes.

(Folha de S. Paulo, 03.11.2018. Adaptado)

Segundo o texto, é correto afirmar que as redes de livrarias Cultura e Saraiva

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E. "Líder do mercado, a Saraiva, que já acumula atrasos de pagamentos a editores nos últimos anos, anunciou nesta semana o fechamento de 20 lojas. Em nota, a rede afirma que a medida tem a ver com “desafios econômicos e operacionais”, além de uma mudança na “dinâmica do varejo” (...) O enrosco da Cultura está explicado aí. Diante da crise, a empresa passou a pegar dinheiro emprestado com os bancos - o tamanho da dívida é de R$ 63 milhões.

  • O texto pergunta sobre uma informação que seria cabível para a Saraiva e para a Cultura, e no texto fala que só a cultura pediu empréstimos. Por essa razão não concordo que a letra E seja o gabarito.

  • vms la !

    primeiro ao comando da questão:

    Segundo o texto, é correto afirmar que as redes de livrarias Cultura e Saraiva (Logo deve ser algo relacionado com a livraria Cultura e Saraiva)

    .

    a) apostam em uma recuperação do mercado livreiro, por causa da entrada de editoras menores no mercado e dos efeitos dos empréstimos bancários. (Elas apostam na implementação do preço fixo).

    .

    b) pretendem intensificar a venda de livros, porque a lei do preço fixo, criada na Dinamarca em 1 837, foi aprovada pelo governo brasileiro. (Olha a pegadinha aqui, no texto diz que a esperança sera "norma a ser implantada por medida provisória", logo ela não foi implementada ainda).

    .

    c) se sentem prejudicadas por causa da competição das editoras independentes, que conseguem melhores resultados na dinâmica das políticas editoriais. (No texto diz que se a lei for aprovada permitira um florescimento das editoras independentes que competirão de forma mais justas com as grandes redes, logo conclui que as as editoras independentes estão em desvantagens).

    .

    d) acreditam que poderão sair do prejuízo, mediante medidas de contenção de despesas, como a redução do número de lojas e o pagamento das dívidas. (Olha outra pegadinha aqui, o comando da questão pede afirmações da livraria Cultura e Saraiva. A saraiva realmente reduziu o numero de lojas OK ,mas e a Livraria Cultura?? ela esta reduzindo o numero de lojas e pagando suas dividas? NÃO e justamente o contrario, na vdd ela esta acumulando prejuízos e pra piorar ainda pegando empréstimos com o Banco).

    .

    e) encontram-se afetadas pela crise econômica, pelas mudanças no mercado varejista e empréstimos contraídos junto a instituições financeiras. (Gabarito da questão. A livraria Saraiva pelas mudanças no mercado varejista e a Cultura pelos empréstimos que pegou no banco)

    .

    OBS : A Sacada da questão era encontrar a alternativa que falasse da Saraiva é também da cultura de acordo com o texto.

    .

    GABARITO LETRA E

  • Gabarito: E

    A) Apostam em uma recuperação do mercado livreiro, por causa da entrada de editoras menores no mercado e dos efeitos dos empréstimos bancários.

    Errada. "Mas há uma esperança para os editores do país: o preço fixo do livro".

    .

    B) Pretendem intensificar a venda de livros, porque a lei do preço fixo, criada na Dinamarca em 1 837, foi aprovada pelo governo brasileiro.

    Errada. (...) "criação, no país, do preço fixo do livro - norma a ser implantada por medida provisória".

    .

    C) Se sentem prejudicadas por causa da competição das editoras independentes, que conseguem melhores resultados na dinâmica das políticas editoriais.

    Errada. "Unificar o valor de capa permitiria um florescimento das livrarias independentes".

    .

    D) Acreditam que poderão sair do prejuízo, mediante medidas de contenção de despesas, como a redução do número de lojas e o pagamento das dívidas.

    Errada. "Diante do cenário de crise, a maior parte dos editores aposta em uma carta tirada da manga no apagar das luzes do atual governo - a criação, no país, do preço fixo do livro".

    .

    E) Encontram-se afetadas pela crise econômica, pelas mudanças no mercado varejista e empréstimos contraídos junto a instituições financeiras.

    Correto. "O mercado editorial no Brasil nunca pareceu tão próximo de uma catástrofe - com as duas principais redes de livrarias do país, Saraiva e Cultura, em uma crise profunda, reduzindo o número de lojas e com dívidas que parecem sem fim".

  • óóiiiii o Feeling!

  • Concordo com G. Alves, a E não fala que a Savaiva pegou emprestimo junto a Bancos.

  • GABARITO: LETRA E

    → conforme os primeiros parágrafos:

    → [...] as duas principais redes de livrarias do país, Saraiva e Cultura, em uma crise profunda, reduzindo o número de lojas e com dívidas que parecem sem fim.

    → [...] a Saraiva, que já acumula atrasos de pagamentos a editores nos últimos anos, anunciou nesta semana o fechamento de 20 lojas.

    → enrosco da Cultura está explicado aí. Diante da crise, a empresa passou a pegar dinheiro emprestado com os bancos – o tamanho da dívida é de R$ 63 milhões.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺