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Gabarito A.
3.3. Administração Pública burocrática
Em face da desorganização do Estado em termos de prestação de serviços públicos e da ausência de um projeto de desenvolvimento para a nação, aliadas à corrupção e ao nepotismo comuns na área pública, um novo modelo de administração se fazia necessário. Era preciso reestruturar e fortalecer a Administração Pública para que pudesse cumprir suas novas funções. O surgimento das organizações de grande porte, a pressão pelo atendimento de demandas sociais, o crescimento da burguesia comercial e industrial indicavam que o Estado liberal deveria ceder seu espaço a um Estado mais organizado e de cunho econômico.
Atenção → Enquanto no mundo a burocracia surge envolta no capitalismo e na democracia, no Brasil ela surge no período militar e se desenvolve em plena ditadura.
A Administração Pública burocrática surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Constituem princípios orientadores do seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese: o poder racional-legal. Os controles administrativos visando evitar a corrupção e o nepotismo são sempre a priori. Parte-se de uma desconfiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles dirigem demandas. Por isso são sempre necessários controles rígidos dos processos, como, por exemplo, na admissão de pessoal, nas compras e no atendimento a demandas (Pdrae, 1995).16
Atenção → A Administração Pública burocrática surgiu com a filosofia de combater as práticas patrimonialistas.
Por outro lado, o controle – a garantia do poder do Estado – transforma-se na própria razão de ser do funcionário. Em consequência, o Estado volta-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. A qualidade fundamental da Administração Pública burocrática é a efetividade no controle dos abusos; seu defeito, a ineficiência, a autorreferência e a incapacidade de voltar-se para o serviço aos cidadãos. Este defeito, entretanto, não se revelou determinante na época do surgimento da Administração Pública burocrática porque os serviços do Estado eram muito reduzidos. Nessa época, o Estado limitava-se a manter a ordem e administrar a justiça, a garantir os contratos e a propriedade.
PALUDO (2013)
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GAB A
Característica da Administração Pública Burocrática:
a) A racionalização que, orientada por regras formais que padronizam e conferem igualdade no tratamento dos casos, estabelece com nitidez as relações de mando e subordinação. [HIERARQUIA FUNCIONAL]
b) A revisão da forma de prestação dos serviços aos diversos públicos, buscando aumentar a eficiência, a eficácia e a efetividade, tendo o cidadão como o foco e as crescentes demandas da sociedade.
[NA BUROCRÁTICA O INDICADOR É SOMENTE EFICIÊNCIA E O FOCO SÃO OS PROCESSOS, FOCO NO CIDADÃO E RESULTADOS É A ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL]
c) A alteração na estratégia de gerência, que deve ser posta em prática em uma estrutura administrativa reformada, buscando descentralizar, delegar autoridade e, em especial, definir os setores de atuação do Estado. [ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL]
d) A apreensão, por meio de processos de socialização, das culturas, tanto no nível social como organizacional, impactando na forma de vida, dos padrões e dos valores das pessoas que se dedicam às organizações. [ADMINISTRAÇÃO BUROCRÁTICA É INFLEXÍVEL]
"Você só alcança a qualidade na execução e não no resultado."
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Há comentários dessa Vanessa IPD possivelmente para confundir os candidatos.
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GABARITO: LETRA A
➧ Características da administração Burocrática
▪ Caráter legal das normas;
▪ Caráter formal das comunicações;
▪ Divisão do trabalho;
▪ Impessoalidade do relacionamento;
▪ Hierarquização da autoridade;
▪ Rotinas e procedimentos;
▪ Competência técnica e mérito;
▪ Especialização da administração;
▪ Profissionalização;
▪ Previsibilidade no funcionamento.
FONTE: Prof. Heron Lemos