René Spitz desenvolveu sua teoria do desenvolvimento infantil distinguindo três estágios no desenvolvimento da relação de objeto e da comunicação humana.
O primeiro estágio, pré-objetal, corresponderia ao narcisismo primário de Freud, no qual o bebê ignora o mundo ao seu redor. Para entender como isto acontece ajuda ter em mente que o aparelho perceptivo do recém-nascido é protegido do meio exterior por uma barreira de estímulos muito alta, portanto esta barreira o protege da percepção de fora, a não ser que os estímulos vindos de fora excedam o nível de intensidade da barreira protetora, destruindo a quietude do recém-nascido fazendo-o reagir violentamente com desprazer. Nesse sentido, Spitz prefere traduzir estágio não-diferenciado por percepção insuficientemente organizada.
O segundo, estágio precursor do objeto, tem como primeiro organizador o aparecimento do sorriso do ser humano que ocorre a partir do segundo e terceiro mês de vida. O sorriso então aparece como um indicador que instala os primeiros rudimentos do Eu e o estabelecimento da primeira relação pré-objetal ainda indiferenciada. Assim no segundo mês, o rosto torna-se um preceito privilegiado, a realidade começa a funcionar mesmo que ainda não ocorra a discriminação.
E por último, no estágio do próprio objeto, surge o segundo organizador, especificado pelo aparecimento da reação de angústia no rosto de um estranho, em torno do oitavo mês chamado de angústia do oitavo mês. A partir deste segundo organizador, desta integração progressiva do Eu do bebê, ele será capaz de distinguir entre a mãe e o não-mãe, na verdade, o que o rosto estranho significa para ele é a ausência da mãe o que faz suscitar a angústia. Deste modo, a criança chega assim a fase objetal e ao estabelecimento de relações objetais. Neste ponto podemos introduzir o último organizador, especificado pelo surgimento do “não" tanto na sua forma de gesto e/ou palavra no decorrer do segundo ano.
GABARITO: D
Eu descartei a do período de latência que é uma fase da teoria do desenvolvimento psicossexual (Freud). Descartei a questão de Gestalt, pois, pela nomenclatura não parecia Gestalt. Estágio de retenção não faz muito sentido, mas fiquei em dúvida... Será que é casca de banana??? Não, era o estágio da não-diferenciação de Spitz. Ele entende que o bebê, nessa fase, compreende o meio ambiente como um único indivíduo, no caso a mãe ou um substituto. Só para ajudar a memorizar, Spitz era psicanalista.