COPIADO E COLADO NA LITERALIDADE (se nos comentários do QC existisse um emoji revirando os olhos, seria colocado aqui hahahaha):
"Numa análise recente, E. Enriquez examina a passagem da espontaneidade para a ordem, e, em última análise, para a burocracia. Bergson já opunha a sociedade fechada e a sociedade aberta: a sociedade fechada é mecânica, e é um modelo que se encontra tanto entre os primitivos quanto nas sociedades contemporâneas. A sociedade aberta, para Bergson, é a sociedade inacabada, com a sua criatividade, a sua possibilidade de invenção. E. Enriquez inspirando-se explicitamente em Bergson, propõe um sistema análogo: aos “modelos de ordem” opõem-se os “modelos de equilíbrio”. No modelo da ordem, “os diferentes membros da sociedade têm funções e lugares designados”, esses lugares são atribuídos em função de critérios explícitos e válidos igualmente para definir as mudanças de atribuições. Esses critérios, acrescenta E. Enriquez, “são racionais e, por isso, praticamente intangíveis”; além disso, “as funções e os papéis são bem definidos: cada um sabe o que deve fazer e como fazê-lo, as comunicações no grupo são reguladas e também o são os comportamentos’ enfim, “os laços afetivos praticamente não existem, não são tolerados os conflitos, ou, se o são, existem regras que permitem resolvê-los em todos os casos”.
LAPASSADE, Georges. Grupos, organizações e instituições. 3. ed. Rio de Janeiro: F. Alves, 1989.