Diagnóstico de toxoplasmose no recém-nascido
O recém-nascido infectado pelo Toxoplasma em geral apresenta parasitemia, que pode ser detectada na camada leucocitária de sangue periférico, em geral durante todo o primeiro mês de vida, mas principalmente na primeira semana de vida, quando apresenta sensibilidade de até 90%, especialmente pela PCR.
Na presença de sinais clínicos sugestivos de toxoplasmose, altos títulos de anticorpos IgG no recém-nascido aliados a um perfil materno de infecção recente têm alto valor preditivo positivo de toxoplasmose congênita, mas que deverá ser comprovado pela positividade na criança, de teste para anticorpos IgM ou pela evidenciação do Toxoplasma.
Anticorpos IgM no soro da criança são diagnósticos de infecção congênita, exceto nos primeiros 10 dias de vida quando, presentes no soro materno, podem ter contaminado o sangue do recém-nascido. Nesse caso, sua duração é curta, pois a meia-vida de IgM é de 5 dias.
A pesquisa de anticorpos IgA tem sido recomendada para diagnósticos da infecção neonatal, como tão ou mais sensível do que a de anticorpos IgM.
Já o teste de avidez de anticorpos IgG tem sido utilizado para estimar a época em que a toxoplasmose foi adquirida pela gestante, e também quando não se dispõe de testes quantitativos de detecção de IgM e há suspeita da presença de IgM residual, não indicativa de infecção aguda ou recente.
Bibliografia: Ferreira, Antônio Walter. Sandra do Lago Morais. Diagnóstico laboratorial das principais doenças infecciosas e autoimunes: correlações clínico-laboratoriais. 3ª edicão, 2013.