CD22
Identifica um heterodímero constituído de glicoproteínas de membrana. É um antígeno B restrito e aparece no citoplasma em estágio pré-B e na superfície de células em repouso e maduras. A expressão desaparece quando as células são ativadas. O CD22 segue-se ou acompanha a expressão de IgM de superfície e precede ou acompanha IgD de superfície. Aproximadamente 80% das células TdT positivas de medula óssea e 95% das células B periféricas expressam CD22.
O padrão de expressão nas neoplasias de células B é heterogêneo. A maioria das leucemias linfocíticas agudas, linfomas não-Hodgkin, leucemia tipo hairy cell e leucemia prolinfocítica exprimem CD22 de superfície ou citoplasmático. A leucemia linfocítica crônica, a macroglobulinemia de Waldenström e o linfoma com diferenciação plasmocitóide exprimem percentual variável de CD22, que, entretanto está ausente no mieloma múltiplo, constituindo, portanto, um marcador importante para diferenciar células B e T.
Os marcadores CD1, CD2, CD3, CD4, CD5, CD7 e CD8, estão altamente relacionados à linhagem de células T.
As moléculas CD10, CD22, Ig, CD20 e CD21 são expressos seqüencialmente na superfície das células B. Analogamente ao antígeno CD3 em células T, os antígenos CD22 e CD79 são determinantes encontrados no citoplasma e superfície celular e, portanto, específicos para células B.
CD1A
Este antígeno é encontrado em timócito cortical comum – estágio II (forte reatividade), células dendríticas, células interdigitantes e de Langerhans. É usado normalmente para definir estágio no timócito, diagnóstico das histiocitoses e na caracterização de leucemias e linfomas.
CD3
É não covalente, está associado ao polimórfico TCR α/β e interage com o heterodímero TCR γ/δ. O antígeno CD3 determina linhagem específica de linfócitos T e sua expressão no citoplasma (cCD3) caracteriza timócito/célula T imatura e, quando na membrana, o linfócito T maduro.
Os anticorpos antiCD3 são úteis para sondar a região constante dos receptores de células T, que se expressam exclusivamente nos linfócitos T imunocompetentes, no monitoramento de imunodeficiência, doenças auto-imunes e nas leucemias e linfomas.
CD4
O antiCD4 apresenta reatividade com subpopulação de linfócitos T (helper/inducer) e monócitos/macrófagos. O CD4 tem papel nas interações entre células T-T, T-B ou T-macrófago, via reconhecimento da molécula Major Histocompatibility Complex (MHC) classe II. As células T-helper são essenciais para a indução da diferenciação dos linfócitos B e para o desenvolvimento das células T supressoras na modulação da resposta imune.
A determinação de células T CD4+ é utilizada no diagnóstico e prognóstico de imunodeficiências, como síndrome DiGeorge (aplasia tímica), agamaglobulinemia e síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids). Em neoplasias T, é útil para caracterizar leucemia/linfoma de células T do adulto, LLA-T, LLC-T, síndrome de Sézary e micose fungóide.
CD8
Os linfócitos T CD8+ funcionam na regulação da resposta imune T e B e também na reação de células T citotóxicas. Esta molécula interage com o TCR como co-receptor para o Major Histocompatibility Complex (MHC), classe I, no reconhecimento antigênico.
A expressão deste fenótipo é encontrada em subpopulação de linfócitos T periféricos (citotóxico/supressor), timócitos e células natural killer. No estudo de neoplasias hematológicas, pode contribuir para caracterizar leucemia/linfoma de células T do adulto, LLA-T e LLC-T. É relatado aumento dos níveis de linfócitos T CD8+ no sangue periférico em infecções pelo vírus Epstein-Barr.