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ID
295063
Banca
UNIRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Nos casos de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva e em estado de coma, cabe ao psicólogo

Alternativas
Comentários
  • Essa questão deve estar errada, não é possível. Como o psicólogo vai atuar normalmente se o paciente está em coma?

    Acho que B está mais correta apesar do "permanente".
  • Eu acho que a letra b está errada pelo fato de colocar: "quando necessário". O trabalho do psicólogo é constante e obedece a tríade: paciente, equipe de saúde e familiares. O fato do paciente estar em coma não quer dizer que ele está impossibilitado de ser atendido. No livro Psicologia Hospitalar: teorias e práticas, está claro que o psicólogo também atende pacientes em coma, visto a ínumeros estudos relatando que existem vários tipos de coma...e que há atividade cerebral de pacientes neste período como casos de pessoas que se lembram de conversas de visitas de parentes mesmo estando nesse estado.
  • Também não entendi! Se o pacinte está em Coma ele não pode ser alvo do atendimento, além do mais o psicólogo hospitalar não atendo a equipe. Sendo assim,  não tem como manter a ação habitual voltada para a tríade: paciente, equipe de saúde e familiares do paciente. Neste caso, já que o pacinte está em coma, o mais correto seria a letra C, "definir como alvo do atendimento os familiares do paciente, tranqüilizando-os quando estiverem muito tensos."
  • Para muitas pessoas a UTI é sinônimo de morte iminente. Esses aspectos são vividos o tempo todo na rotina diária da unidade, exigindo das pessoas que nela trabalham e que nela lutam pela vida, um posicionamento muito duro frente à morte. Muitas vezes essas pessoas se veem obrigadas a refugiar-se no racional para aguentar a pressão emocional que tudo isso causa. Tem-se, portanto, como objetos da atenção do psicólogo na UTI uma tríade constituída de paciente, sua família e a própria equipe de saúde. O sofrimento físico e psíquico do paciente precisa ser entendido como uma coisa única, pois os dois aspectos interferem um no outro, visando um caminho de enfrentamento da dor, do sofrimento e eventualmente da própria morte mais digna e menos sofrida (Angerami-Camon, Trucharte, Knijnik & Sebastiani, 2006). É importante criar as condições de comunicação nesse momento: o psicólogo deve buscar o "falar" do paciente, seja através de gestos, olhares ou gemidos, e ser o porta-voz do doente (Romano, 1999).

    A família, igualmente angustiada e sofrida, que se sente impotente para ajudar seu familiar e que também se assusta com o espectro da morte, também precisa da atenção do psicólogo e deve ser envolvida no trabalho com o paciente por ser uma das raras motivações que este tem para enfrentar o sofrimento. O psicólogo deve facilitar, criar e garantir a comunicação efetiva e afetiva entre paciente/família e equipe, identificando qual membro da família tem mais condições intelectuais e emotivas para estar recebendo as informações da equipe (Romano, 1999; Angerami-Camon, Trucharte, Knijnik & Sebastiani, 2006).

    A equipe de saúde também vivencia no seu cotidiano esse significado de viver e morrer, vivendo sentimentos ambivalentes de onipotência e impotência, a cobrança da expectativa de todos os envolvidos e a percepção da própria finitude. O psicólogo deve atuar como facilitador do fluxo dessas emoções e reflexões, detectar os focos de stress e sinalizar as defesas exacerbadas (Angerami-Camon, 2002).


    http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516-08582011000200012&script=sci_arttext
  • O atendimento psicológico ao pacientes em coma na U.T.I. deve considerar as possibilidades de um acompanhamento humanizado ao paciente em um momento difícil e que o preparo deste profissional pode trazer alento e esperança beneficiando positivamente no acolhimento, na confiança e no respeito

    Vivências e memórias indicam a presença de atividade mental do paciente durante o processo de coma

    Frequentemente pacientes que saíram do coma revelam conteúdos de conversas tidas entre a equipe, visitantes e outras pessoas

    O respeito, o afeto, a possibilidade de estímulos, e principalmente o acolhimento neste momento ao paciente é fundamental para propiciar o calor humano que pode trazer conseqüencias positivas aumentando muitas vezes as chances de reversão de quadros antes inimagináveis.

    De outra forma, pode ainda representar um morrer de forma acolhida, respeitando sua dignidade como pessoa e facilitando esse processo que é a última etapa da vida e que é inevitável

    http://www.psicologiananet.com.br/atendimento-psicologico-ao-paciente-em-coma-na-uti/394/

  • Cuidado com comentários caros colegas, o psicólogo hospitalar atende a tríade: paciente, família e equipe. Sim, A EQUIPE... 

    Quanto ao atendimento do paciente em coma, o foco deve ser a família e equipe, mas não desconsiderando o encamado, pois através dos cuidados paliativos, também, se pode beneficiar o moribundo.