No artigo abaixo, o autor indiano chega a conclusão de que, embora Índia, Paquistão e Sri Lanka provinham da mesma matriz colonial (Reino Unido), os três países tiveram processos de descolonização totalmente diferentes. Nesse sentido, Bose (2004) enfatiza a necessidade de se estudar comparativamente não apenas State-building, mas também Nation-building.
BOSE,
Sumantra. Decolonization and State Building in Asia. Journal of
International Affairs, n. 58, v. 1, 2004, p.
95-113. Disponível em: <http://www.himalayancrossings.com/pdf/course/resource/decolonization_and_state_building.pdf>.
Acesso em: 5 set. 2013.
Gabarito: Errado.
Referência: VISENTINI, Paulo Fagundes. Manual do candidato : história mundial contemporânea (1776-1991) : – 3. ed. rev. atual. – Brasília : FUNAG, 2012. Guerras e revoluções na Ásia e no Magreb- -Machrek, pág. 194.
“O movimento de descolonização ocorreu em três grandes ondas cronologicamente subsequentes, com características políticas e implantação geográfica específica. A primeira delas ocorreu nos anos imediatamente subsequentes à guerra e no início dos anos 1950 na Ásia Oriental e Meridional, onde se deu a luta contra o Japão e o maior enfraquecimento do colonialismo europeu. Nessas regiões o movimento de emancipação nacional foi marcado por grandes enfrentamentos armados e revoluções, adquirindo predominantemente um conteúdo socialista (China, Coreia e Vietnã) ou fortemente nacionalista (Índia e Indonésia). No início da década de 1950, o epicentro do processo de descolonização deslocou-se para o mundo árabe (Magreb-Machreck), onde o conteúdo dominante foi o nacionalismo árabe de perfil reformista (Egito, Iraque, Argélia) até a passagem dos anos 1950 aos 1960. A partir desse momento, a África Negra, ou subsaariana, tornou-se o centro de uma descolonização grandemente controlada pelas ex-metrópoles europeias, adquirindo fortes contornos neocolonialistas. Até a segunda metade dos anos 1960, a maioria dos países da África Tropical havia obtido a independência. Restaram os regimes de minoria branca e as colônias portuguesas da África Austral, cujo processo de emancipação foi mais violento e radical, estendendo-se da década de 1970 até o início da de 1990. Esta, contudo, seria uma fase particular.”