Expressão cunhada, nos Estados Unidos, para contrastar com a ideia de broadcasting e correspondendo de modo geral, ao que se conhece, no Brasil, como segmentação. Trata-se de pensar o público em parcelas e, por se enquadrar em uma perspectiva nitidamente relacionada ao rádio comercial, em nichos de mercado a serem atingidos pela emissora.
A oposição entre o broad (amplo, em português) e o narrow (estreito) corresponde, na indústria de radiodifusão sonora, a uma mudança de estratégia mercadológica.
Elaborado como estratégia das emissoras comerciais de rádio para combater a televisão, a noção de narrowcasting constitui-se em realidade tão disseminada nos grandes e médios centros urbanos brasileiros que mesmo estações educativas, comunitárias e públicas adequam-se a ela. A própria existência destas alternativas representa uma resposta à excessiva comercialização das emissoras empresariais. Respondem – ou deveriam, pelo menos – a necessidades educativo-culturais, comunitárias ou de cidadania não atendidas, em sua totalidade, pela indústria de radiodifusão sonora.
(Luiz Artur Ferraretto)