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ID
2964748
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFPB
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Sobre o diagnóstico psicopatológico, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • quase sempre?

  • Quase sempre? não seria SEMPRE?

  • quase sempre?

  • Gab. E) É quase sempre baseado nos dados clínicos (história e exame do estado mental).

    " Do ponto de vista clínico e específico da psicopatologia, embora o processo diagnóstico em psiquiatria siga os princípios gerais das ciências médicas, há certamente alguns aspectos particulares que devem ser aqui apresentados:

    1. O diagnóstico de um transtorno psiquiátrico é quase sempre baseado preponderantemente nos dados clínicos. Dosagens laboratoriais, exames de neuroimagem estrutural (tomografia, ressonância magnética, etc.) e funcional (SPECT, PET, mapeamento por EEG, etc.), testes psicológicos ou neuropsicológicos auxiliam de forma muito importante, principalmente para o diagnóstico diferencial entre um transtorno psiquiátrico primário (esquizofrenia, depressão primária, etc.) e uma doença neurológica (encefalites, tumores, doenças vasculares, etc.) ou sistêmica. É importante ressaltar, entretanto, que os exames complementares (semiotécnica armada) não substituem o essencial do diagnóstico psicopatológico: uma história bem-colhida e um exame psíquico minucioso, ambos interpretados com habilidade. 

  • A questão traz a conceituação descrita por Paulo Dalgalarrondo em seu livro “Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais", edição de 2008, na qual o autor afirma que

    o diagnóstico de um transtorno psiquiátrico é quase sempre baseado preponderantemente nos dados clínicos. Dosagens laboratoriais, exames de neuroimagem estrutural (tomografia, ressonância magnética, etc.) e funcional (SPECT, PET, mapeamento por EEG, etc.), testes psicológicos ou neuropsicológicos auxiliam de forma muito importante, principalmente para o diagnóstico diferencial entre um transtorno psiquiátrico primário (esquizofrenia, depressão primária, etc.) e uma doença neurológica (encefalites, tumores, doenças vasculares, etc.) ou sistêmica. É importante ressaltar, entretanto, que os exames complementares (semiotécnica armada) não substituem o essencial do diagnóstico psicopatológico: uma história bem-colhida e um exame psíquico minucioso, ambos interpretados com habilidade.

    A incorreção das demais assertivas também pode ser corroborada com base na mesma obra. O autor afirma que o diagnóstico psicopatológico, com exceção dos quadros psicoorgânicos (delirium, demências, síndromes focais, etc.), não é, de modo geral, baseado em possíveis mecanismos etiológicos supostos pelo entrevistador (A). E afirma ainda que baseia-se principalmente no perfil de sinais e sintomas apresentados pelo paciente na história da doença e no momento da entrevista (B). E complementa dizendo que a maioria dos quadros psiquiátricos, sejam eles de etiologia “psicogênica", “endogenética" ou mesmo “orgânica", surge após eventos estressantes da vida (C). Além disso, é frequente que o próprio eclodir dos sintomas psicopatológicos contribua para o desencadeamento de eventos da vida (como perda do cônjuge, separações, perda de emprego, brigas familiares, etc.).

    Mais adiante o autor apresenta que de modo geral, não existem sinais ou sintomas psicopatológicos totalmente específicos de determinado transtorno mental. Além disso, não há sintomas patognomônicos em psiquiatria.


    GABARITO: E

  • Quase sempre? 4
  • GAB E

    A referência é o livro Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais (Dalgalarrondo)