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As diferenças encontradas referem-se a:
(a) tempo da intervenção, sendo o aconselhamento mais breve;
(b) complexidade do caso e intensidade do atendimento, sendo a psicoterapia mais profunda;
(c) demanda apresentada, sendo o aconselhamento mais voltado para situações contextuais e situacionais;
(d) intervenções em aconselhamento focam a ação, mais do que a reflexão, e são mais centradas na prevenção do que no tratamento;
(e) o aconselhamento é mais focado na resolução de problemas.
Fonte:
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Fernando de Barros e Adriano Holanda, em seu
artigo “O aconselhamento psicológico e as possibilidades de uma (nova) clínica
psicológica” definem aconselhamento psicológico como um espaço clínico
caracterizado por um tempo cronologicamente limitado, capaz de propiciar esse
tipo de encontro, no qual a relação entre o sujeito dono de sua subjetividade
em crise e o terapeuta, coexistindo, buscariam, dentro do lugar comum criado
por esse encontro, o clareamento dos significados vivenciais e relacionais
experienciados por aquela subjetividade.
A clínica do aconselhamento psicológico reconhece seu lugar
e seu papel na clínica psicológica em geral, diferenciando-se das outras
práticas (psicoterapia, psicoterapia breve) inclusive em relação aos seus
objetivos. Não é função do
aconselhamento promover uma mudança qualitativa da personalidade do indivíduo
atendido, como parece propor a clínica psicoterápica. Uma das justificativas do aconselhamento psicológico é a possibilidade
de ser um espaço para o primeiro contato de uma pessoa com um serviço psicológico,
oferecendo um suporte psicológico imediato, uma orientação psicoeducativa caso
haja uma demanda focal do indivíduo em atendimento e, finalmente, possíveis
opções de continuidade de uma atenção psicológica mais aprofundada, inclusive
psicoterapia.
O aconselhamento psicológico, de certa forma, é uma clínica
que contém também um sentido preventivo; acrescenta-se ainda que o cuidado
proveniente da idéia de therapeía parece suportar a noção de um cuidado
preventivo. Esse motivo, além daquele da possibilidade do encontro clínico não
necessitar de um espaço específico, favorece a ampliação dos contextos
possíveis para a clínica nova psicológica, sendo o aconselhamento uma de suas
várias possibilidades.
O artigo pode ser acessado na íntegra em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672007000100006#9
GABARITO: D
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O que diferenciaria isto do que compreendemos por Psicoterapia Breve? Pois todos os aspectos mencionados acima também são trabalhados em PB. Acho muito complicado colocar as duas alternativas na questão quando qualquer uma das duas poderia ser apontada como a correta.
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Marquei o item E, achei a questão confusa, não sei se caberia recurso pois concordo com o que o colega mencionou abaixo
GAB OFICIAL: D
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Se a resposta fosse PB, certamente a questão faria menção ao tripé que sustenta, tecnicamente, essa abordagem: foco, estratégias e objetivos.
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Concordo com a Kunoichi Residente, apesar das diferenças apontadas pelo LRoosevelt, elas não ficam claras no enunciado da questão. O que mais me deixa com dúvidas é o ponto de "mudança qualitativa na personalidade" e "aspectos egóicos". Alguém saberia explicar melhor se é isso que diferencia o aconselhamento da psicoterapia breve?
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Não vejo no enunciado da questão nada que justifique ser Aconselhamento Psicológico e não Psicoterapia Breve, acho que ficou confuso e só buscando a referência utilizada pela banca (que não faço ideia qual foi) é que poderia fazer sentido.