SóProvas


ID
2970022
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
CGE - CE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Texto 1A2-I


As informações a seguir representam os fatos considerados relevantes em uma operação de venda seguida de uma operação de aquisição de imobilizado efetuadas por uma companhia.


                          dados relativos à venda

• valor – R$ 100.000

• forma de recebimento – pagamento único

• prazo: 10 meses

• valor presente do ativo a receber – R$ 86.000 (no momento da operação)

• valor presente do ativo a receber – R$ 87.000 (decorrido um mês)


                       dados relativos à aquisição

• valor – R$ 80.000

• forma de pagamento – em 10 prestações de R$ 8.000

• valor presente do fluxo das prestações – R$ 75.500 

Ainda de acordo com a Lei n.º 6.404/1976 e o Pronunciamento Técnico CPC 12 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, é correto afirmar que, na companhia referida no texto 1A2-I, o financiamento deve ser registrado pelo valor de

Alternativas
Comentários
  • A questão não é clara se deseja a contabilização na compra ou na venda, sabemos que há diferença nos dois casos, mas, olhando para as opções, podemos presumir que é na venda. Portanto, devemos registrar o valor nominal ( futuro) no valor de 80.000 e ajustar os encargos a transcorrer de 4.500. Quando esse tipo de questão é silente, quanto à taxa de juros, devemos usar sempre juros compostos, assim, os encargos não são calculados de maneira linear, ou seja, a conta retificadora do financiamento (encargos financeiros a transcorrer) terá um valor diferente a cada mês até zerar.

    GABARITO: D

  • D - Imobilizado 75500 (ANC)

    D - Juros a transcorrer (retificadora do passivo) 4500

    C - Financiamento 80000

    Decorrido um mês terá a apropriação dos juros em que

    Credita juros a transcorrer no passivo e Debita uma conta de Juros no resultado.

    Gabarito letra D.

    Obrigado ao Leandro. Depois que li a resposta dele que entendi por que os juros não são lineares.

  • Registro do Financiamento (na aquisição):

    PASSIVO

    Financiamento - 80.000 (Crédito)

    Juros Passivos a transcorrer 4.500 (Débito - retifica a conta do passivo)

    1°) Os juros totais equivalem a R$ 4.500,00. Contudo, sua apropriação deve ser calculada mês a mês conforme a respectiva alíquota e base de cálculo (deduzidas as parcelas do principal já pagas), ou seja, juros sobre o financiamento remanescente.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Exemplo:

    Juros 10% a.m.

    Principal abatido mês a mês R$ 5.000

    Financiamento total (BC inicial) R$ 100.000

    1° mês - Juros transcorridos = 100.000 x 10%

    2° mês - Juros transcorridos = 95.000 x 10%

    (...)

    ---> Veja que a cada mês em que o principal é pago, a parcela dos juros ficará menor, portanto, comportamento não linear.

    ---> Ao realizar o financiamento é possível calcular qual o total de juros (no enunciado do exercício, R$ 4.500), sendo retificada a informação a cada mês em que os juros transcorrerem (aumentando o passivo total da entidade).

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

  • Um comentário adicional aos colegas: o registro de empréstimos requer a conta retificadora "juros a transcorrer"?

    Resposta: depende. Nem sempre essa conta será utilizada no registro inicial do empréstimo.

    Tem banca que considera o registro inicial sem essa conta; não foi o caso, nesta questão. Mas...

    Mas, qual é o certo segundo as NBC?

    Pg 329 de Manual de Contabilidade Societária FIPECAFI - 3ª edição -2018:

    "Os empréstimos e financiamentos podem ser contratados na modalidade de juros prefixados ou pós-fixados. Essa diferenciação é relevante, já que influencia na forma de apuração dos encargos financeiros. (..) Assim, a forma de contabilização dos encargos financeiros também será diferente dependendo da modalidade do empréstimo".

    "No caso de empréstimos contratados na modalidade pós-fixada, o valor dos encargos não é conhecido desde o início da operação, mas sim apenas no encerramento de cada mês ou período. Portanto, no encerramento de cada período a empresa deve apurar o valor do encargo financeiro incorrido no período e contabilizar como despesa financeira, tendo como contrapartida a conta de empréstimos e financiamentos".

    "Na modalidade prefixada, os encargos são preestabelecidos em valor prefixado, sendo recebido pela empresa somente o líquido do empréstimo. Assim, a empresa pode registrar o valor total das parcelas que serão pagas no Passivo e reconhecer os encargos financeiros a transcorrer em uma conta redutora de empréstimos e financiamentos, chamada Encargos Financeiros a Transcorrer". Essa conta deverá ser apropriada posteriormente para despesa financeira à medida do tempo transcorrido".

    Bem, a modalidade de empréstimos com encargos prefixados é mais comum, e, levando-se em conta que a maioria das empresas quer sempre "diminuir" o seu passivo (por razões de indicadores, convenants, etc.), esta é a razão da contabilização mais adotada (inclusive por certas bancas) e divulgada, ser aquela que requer "Juros a Transcorrer".

    Mas, na teoria, seria necessário identificar qual a modalidade dos juros, para utilizarmos (ou não) a conta "juros a transcorrer".

    O livro do FIPECAFI mostra exemplo de contabilização completa dos dois casos acima.

    Espero ter ajudado.

    (Essa era uma dúvida muito recorrente pra mim, porque cada banca adota uma contabilização diferente e eu não entendia o por quê. Geralmente os enunciados não trazem essa diferenciação entre juros pós e prefixados).

  • Usei o imobilizado para efetuar os lançamentos:

    D- Imobilizado 75.500

    D - Juros a transcorrer 4.500

    C - Financiamento

    Já elimina a B

    Apropriação:

    D - despesa com financiamento

    C - Juros a transcorrer

    Letra D é nossa resposta

  • Lançamento Inicial

    D Imobilizado ---------------------------------- 75500

    D Encargos financeiros a transcorrer ---- 4500 (conta negativa no passivo, reduzindo o financiamento)

    C Financiamento ----------------------------- 80000

    Lançamento 1º mês

    D Despesa de juros --------------------------- 450 (não será 450, pois não é linear, mas coloquei para ter um valor)

    C Encargos financeiros a transcorrer ---- 450

    Acho que é assim

    _________________

  • 1) Escrituração do financiamento liberado em conta corrente:

    D – VPL de Financiamento/Prestações (Passivo) R$ 75.500,00

    D – Encargos Financeiros a Transcorrer (Retificadora do Passivo Circulante) R$ 4.500,00

    C – Financiamento– Banco (Passivo Circulante) R$ 80.000,00

    O VPL refere-se ao Valor Presente Líquido.

    Nesse caso, os encargos financeiros são descontados antecipadamente, antes do Fato Gerador, sendo recebido somente o valor líquido do financiamento. A empresa deve registrar o valor presente líquido das prestações e o valor total do financiamento na conta de Passivo, e os encargos financeiros antecipados serão debitados em uma conta Encargos Financeiros a Transcorrer, que é redutora da conta Financiamento.

    2) Apropriação, no final do mês, dos encargos financeiros transcorridos (supondo-se que se passaram 15 dias da data do financiamento, portanto, a apropriação será de 15/30 do valor dos encargos financeiros):

    D – Juros Passivos (Conta de Resultado)

    C – Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante) - não é calculado de forma linear.

  • SEGUINDO O CPC12:

    1) Escrituração do financiamento liberado em conta corrente:

    D – VPL de Financiamento/Prestações (Passivo) R$ 75.500,00

    D – Encargos Financeiros a Transcorrer (Retificadora do Passivo Circulante) R$ 4.500,00

    C – Financiamento– Banco (Passivo Circulante) R$ 80.000,00

    O VPL refere-se ao Valor Presente Líquido.

    Nesse caso, os encargos financeiros são descontados antecipadamente, antes do Fato Gerador, sendo recebido somente o valor líquido do financiamento. A empresa deve registrar o valor presente líquido das prestações e o valor total do financiamento na conta de Passivo, e os encargos financeiros antecipados serão debitados em uma conta Encargos Financeiros a Transcorrer, que é redutora da conta Financiamento.

    2) Apropriação, no final do mês, dos encargos financeiros transcorridos (supondo-se que se passaram 15 dias da data do financiamento, portanto, a apropriação será de 15/30 do valor dos encargos financeiros):

    D – Juros Passivos (Conta de Resultado)

    C – Encargos Financeiros a Transcorrer (Passivo Circulante) - não é calculado de forma linear.

  • Alternativas (A), (B), (C) ==> eliminadas "de cara", porque fala que os encargos "é igual a 450" , quando na verdade, os Encargos financeiros são calculados de forma EXPONENCIAL e trazidos a Vr.Presente.

    Bons estudos.

  • Vamos analisar a aquisição realizada a prazo (10 prestações) pelo valor de R$ 80.000.

    Segundo o enunciado o valor presente do fluxo das prestações é de R$ 75.500. Percebe-se, portanto, que há um elemento de financiamento no valor das parcelas, totalizando R$ 4.500. Esta despesa financeira deverá ser apropriada pelo comprador ao resultado de acordo com a fluência do tempo compreendido entre a data da compra e a quitação da obrigação (ou seja, nos próximos 10 meses).

    Assim, no momento da aquisição o comprador realiza o seguinte lançamento contábil:

    D – Imobilizado                                 R$ 75.500               (Ativo Não Circulante)

    D – AVP de Títulos a Pagar                R$ 4.500                 (Retificadora do Ativo Não Circulante)

    C – Títulos a Pagar                             R$ 80.000              (Resultado)

    Perceba que os juros embutidos na operação de venda, de R$ 4.500, não são apropriados ao resultado de imediato. De acordo com o Regime de Competência tais juros deverão ser apropriados como despesa financeira ao resultado entre a data da venda e seu recebimento.

    Desta forma, cria-se uma conta transitória chamada de Ajuste a Valor Presente de Títulos a Pagar (ou Despesa Financeira a Apropriar ou Encargos Financeiros a Transcorrer), que retifica a própria obrigação a pagar constituída no Passivo Exigível da entidade (conta Títulos a Pagar).

    Sendo assim, a apropriação da despesa financeira se dará de acordo com a taxa efetiva (juros compostos), de acordo com o seguinte lançamento:

    D – Despesa Financeira                            (Resultado)

    C – AVP de Títulos a Pagar                      (Retificadora do Ativo Não Circulante)

    Não há informações no enunciado que permitam o cálculo da despesa financeira apropriada no primeiro mês. Necessitaríamos da taxa de juros ou do valor presente da dívida após um mês.

    Com isso, correta a alternativa D.

  • Bom Dia Prezados:

    Grata pela explicação sobre os juros ter cálculo de forma não linear.

    Aproveitando, entendo que a contabilização na entidade seja à débito de imobilizado!

    (mas compreendi a explicação sobre "a liberação em conta corrente" :D )

    Fé Força e Foco

    :D

  • Quanto à natureza, as contas são classificadas em:

    Devedora = aplicação = ativo, despesas e redutoras do passivo/PL. - aumentam no débito.

    Credora = origem = passivo, PL, receita e redutoras do ativo.- aumentam no crédito.

  • Vemos que as parcelas são iguais, logo é o método francês de parcelamento, onde a parcela é fixa mas os juros tendem a diminuir mês a mês e a amortização a aumentar.

  • Ei Benino,

    Você também está na peleja com contabilidade não é?

    Deixa eu tentar contextualizar e contribuir com o nosso estudo dando uma clareada nas coisas - espero conseguir:

    VALOR PRESENTE é uma estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro. Chamam de Present Value (chique demais....)

    Para se extrair esse present value é necessário ajustá-lo aos tempos atuais atráves da AVP(ajuste de valor presente) para que minha demonstração contábil seja relevante. ALiás, se não for, pessoal nem calcula isso...

    Resumindo: Presente Value serve para demonstrar o valor real da operação na data de emissão do demonstrativo financeiro.

    Quando você for demonstrar, deverá entender (alías, deveremos pq eu também pelejo nisso) que o valor do financiamento registra-se a CRÉDITO, afinal, é um passivo que você assumiu para ir pagando aos poucos.

    Registremos também os Encargos Financeiros, que são contas retificadoras do passivo! Sabe outro nome delas? JUROS PASSIVOS A TRANSCORRER E SÃO CONTAS REDUTORAS DO PASSIVO, então elas são registradas a débito!

    Depois você registra a conta do CAIXA , que é um ativo certo? Pq? Pq você adquiriu a coisa. Daí já sabe, o registro ali é por DÉBITO.

    C - Empréstimos/Financ ......... R$ 80.000

    D - Encargos a apropriar ........ R$ 4.500

    D - Caixa ................................. R$ 75.500

  • A questão aborda a aquisição de um ativo adquirido com juros. Como a questão traz o valor da dívida que é de curto prazo a valor presente, entende-se que esta tem efeito relevante.

    Lançamento da aquisição.

    D – Ativo                                                           75.500

    D – encargos a transcorrer                                4.500

    C – Financiamento                                            80.000

    A conta encargos a transcorrer será registrada como retificadora do passivo e será apropriada ao resultado com o passar do tempo.

    Passivo, na data da aquisição.

    Fornecedores                                                       80.000

    (-) encargos a transcorrer                                 (4.500)

    (=) Valor presente do financiamento                 75.500

    A cada mês, o valor da conta encargos a transcorrer será transferido para a despesa (apropriado) de acordo com a taxa de juros compostos prevista para a operação.

    Como na questão não foi fornecida a taxa de juros e nem o valor presente do passivo, não há como calcular o valor da despesa do primeiro mês.

    Sendo assim, teremos que na data da aquisição, o valor do financiamento será R$ 80.000, ajustado por encargos financeiros de R$ 4.500, conforme demonstração do valor do passivo, acima.

    Como já dito na questão, a apropriação dos juros não é linear, juros compostos. E no lançamento de transferência para a despesa, devemos creditar a conta retificadora do passivo.

    Resposta: D

  • O que pode pesar um pouco é o fato de que a despesa com juros não é calculada de forma linear, já que não foi dada a taxa de juros. Mas mesmo assim dá pra matar:

    D - 75.500

    D - Juros a Transc 4.500

    C - a pagar 80.000

    Quando rolar a apropriação e pagamento:

    D - a pagar (parcela normal + parcela dos juros).

    D - despesa com juros (parcela juros).

    C - juros a transc (parcela juros).

    C - caixa - (parcela normal + parcela dos juros).

  • Assim, no momento da aquisição o comprador realiza o seguinte lançamento contábil:

    D – Imobilizado                                R$ 75.500               (Ativo Não Circulante)

    D – AVP de Títulos a Pagar                R$ 4.500                (Retificadora do (Ativo Não Circulante) ????? )

    C – Títulos a Pagar                            R$ 80.000             (Resultado)

    Só aqui mesmo pra gente ver o comentário do professor, com uma certa dúvida se ele esta falando algo certo... Pra quem não é da área de contabilidade, fica difícil ter um entendimento certo se o próprio professor diverge do que ele mesmo fala!

  • A quem souber me explicar, não entendi nada desse gabarito! Eu marquei a alternativa E, mas o certo é a alternativa D. Agora, me diz, como que uma conta retificadora do passivo (financiamento) pode ser credora, sendo que o passivo é de natureza credora?

    eu entendi que o financiamento foi de 80 mil, desse valor subtrai-se 4.500 de encargos. Esse 4.500 são referentes à conta retificadora do passivo. Se SUBTRAIU o valor do passo, o lançamento não deveria ter sido feito a débito?

    Não conheço muito de contabilidade, me perdoem se falei besteira.

  • Gab.: D

    • No momento da aquisição por mim:

    D - Imobilizado (ANC) R$ 75.500 

    D - Juros a transcorrer (Retificadora do Passivo, isto é, "diminuo o passivo") R$ 4 500

    C - Financiamento R$ 80.000 (Passivo circulante, pagaremos em 10 meses)

    Se entrou 75 500 no meu imobilizado e saiu 80 mil do meu caixa, cadê o "restante para obedecer as partidas dobradas"? O que me resta é o juros/encargos a transcorrer. Uma vez que ainda não houve o fato gerador do juros, assim, ele não será despesa nesse primeiro momento, e sim uma conta patrimonial retificadora do passivo como já demonstrado acima.

    • Da apropriação/efetivo pagamento duma parcela (mês seguinte) do financiamento:

    D - Financiamentos (porque passivo diminui a débito)

    C - caixa/disponibilidades (porque ativo diminui a crédito)

    • Apropriação dos encargos

    D - despesa com juros passivo (reconheço a despesa porque o fato gerador do juros ocorreu)

    C - juros a transcorrer (retificadora de passivo diminui a crédito)

    Obs.: Pode ser feita a contabilização dessa maneira como também da forma que os colegas colocaram, coloquei assim porque acho que fica melhor de todos entenderem.

  • Inicialmente, temos:

    CRÉDITO - financiamento 80.000, e abaixo a retificadora

    DÉBITO - encargos a transcorrer (4.500).

    Ocorre que este é o MOMENTO 1, momento do registro INICIAL.

    A questão pede: "e o valor que deve ser apropriado..."

    APROPRIAR é o MOMENTO 2 -> após transcorrido já um mês:

    APROPRIAR é quando eu reconheço a despesa na DRE (DÉBITO), em função do regime de competência, e reconheço no passivo um A PAGAR, visto que nem sempre a despesa que eu reconheci na DRE é paga na mesma ocasião.

    Por isso que o gabarito é D, porque a questão pediu o lançamento da APROPRIAÇÃO dos encargos:

    D - encargos financeiros - x (DRE)

    C - encargos financeiros a transcorrer (PASSIVO)

    Eu credito a conta redutora do passivo; eu diminuo o quanto de juros ainda vão transcorrer, pois eu já reconheci "alguns juros" pelo transcurso do primeiro mês.

    Agora você pode estar se perguntando: mas Ana, você disse que APROPRIAR é reconhecer a despesa na DRE e reconhecer um A PAGAR no passivo, você não lançou um A PAGAR no passivo?

    SIM, só que ao invés de lançar um A PAGAR em outra conta, você lançou dentro da conta já existente FINANCIAMENTO, porque os juros serão pagos com o principal.

    Veja:

    MOMENTO 1:

    CRÉDITO - financiamento 80.000

    DÉBITO - encargos a transcorrer - 4.500.

    TOTAL A PAGAR = 75.500

    MOMENTO 2:

    (Após apropriação na DRE)

    CRÉDITO - financiamento 80.000

    DÉBITO - encargos a transcorrer - 4.000 (aqui eu chutei que foram apropriados 500 de juros para fins exemplificativos)

    TOTAL A PAGAR = 76.000

    OBSERVE que o A PAGAR está aumentando, a medida que eu diminuo a conta retificadora.

    ISTO QUE DIZER QUE OS JUROS ESTÃO SENDO LANÇADOS "PARA DENTRO" DA CONTA FINANCIAMENTO A PAGAR. (na verdade não adiciona nada, só deixa de diminuir)

    Sobre os encargos não serem calculados de forma linear, tem que puxar um pouco de matemática financeira. No sistema Price (ou francês) as PARCELAS são constantes, mas a amortização, que é pagamento do principal (75.000) vai aumentando conforme passam os meses, e o valor dos juros diminuindo.

    Ou seja, "dentro" dos 8.000 por mês (PARCELA CONSTANTE), parte é referente ao pagamento do principal e parte é referente aos juros, mas eu pago tudo junto, 8.000, todo mês.

    Com o passar dos meses, o valor dentro dos 8 mil referente aos juros diminui (porque incide a taxa de juros % sobre um principal cada vez menor - pois está sendo pago/amortizado - vai ficando menor); e, consequentemente, o valor dentro dos 8 mil referente à amortização aumenta.

    Espero ter ajudado!

  • A meu ver a questão pede no momento do financiamento "o financiamento deve ser registrado pelo valor de".

    No momento do financiamento seria:

    D- Imobilizado - 75.500,00 (Ativo)

    D- Encargos Financeiros à transcorrer - 4.500,00 (ret. Passivo exigível)

    C- Fornecedores - 80.000,00

    Portanto Letra E, a conta encargos financeiros à transcorrer deve ser debitada no momento do financiamento.

  • Eu quero um carro de 75.500 reais (quem dera)

    Quero financiar ele.

    O financiamento tá 80.000 -> 4500 de Juros.

    Vou pagar de 10 vezes esses 80.000.

    8.000 de prestação por mês.

    Pelo valor do carro -> 7550 por mês

    Pelos juros -> 450 por mês

    D - 75.500 Carro

    D - 4500 Juros (Retificadora do passivo)(Encargos Financeiros a transcorrer.)

    C - 80000 Financiamento

    A perda com JUROS já foi reconhecida, agora só falta pagar mês a mês.

    Todo mês:

    D - Despesa com Juros

    C - Juros (Retificadora do passivo)(Encargos Financeiros a transcorrer.)

    Tentando explicar com meios mais fáceis, é isso. Me corrijam se eu estiver errado.

  • Questão exige do candidato conhecimento sobre ajuste a valor presente – AVP, objeto do CPC 12 – Ajuste a Valor Presente.

    O comando da questão apresenta duas operações envolvendo imobilizado – uma de compra e uma de venda. Questiona-se por qual valor deve ser registrado o financiamento.

    Conforme o CPC 12, o AVP deve ser calculado no momento inicial da operação, considerando os fluxos de caixa da correspondente operação (valor, data e todos os termos e as condições contratados), bem como a taxa de desconto aplicável à transação, na data de sua ocorrência.

    Com essa informação, já eliminamos os itens A e B, uma vez que não atendem ao disposto.

    No reconhecimento inicial desta operação de financiamento temos o seguinte lançamento contábil:

    D – Imobilizado ..................................................................... 75.500 [ANC]
    D – Encargos financeiros a apropriar – AVP ..........................       4.500 [Retificadora do Passivo]
    C – Financiamento ................................................................  80.000 [PC]

    O financiamento de R$ 80.000 (passivo circulante) é ajustado por encargos financeiros a transcorrer de R$ 4.500 (conta retificadora de passivo).

    Os itens de resposta restantes (A e B já foram eliminados das opções) consideram decorrido um mês da operação, e os lançamentos de reconhecimento desses juros no transcorrer do tempo.

    Para um cálculo exato seria necessário termos a taxa de juros da operação, que não foi fornecida. Porém, é preciso guardar que a taxa de juros sempre é aplicada sobre o saldo remanescente do mês anterior, gerando valores diferentes a cada mês. Ou seja, a despesa financeira não é calculada de forma linear, o que reforça a eliminação dos itens A e B, e elimina o item C.

    Observe que o reconhecimento dos juros ocorre em uma conta de despesa que, como não poderia ser diferente, é um lançamento feito a débito. O lançamento de contrapartida precisa ser a crédito [o que elimina o item E] e, nesse caso, não pode ser diretamente contra o financiamento [o que reforça a eliminação do item C]. O lançamento de reconhecimento mensal dos juros é o seguinte:

    D – Despesa Financeira

    C – Encargos financeiros a apropriar – AVP

    Concluímos, por fim, que o financiamento deve ser registrado pelo valor de R$ 80.000, ajustado por encargos financeiros a transcorrer de R$ 4.500, e o valor que deve ser apropriado, decorrido um mês da operação, não é calculado de forma linear e deverá ser contabilizado a crédito de uma conta retificadora do financiamento. Logo, item D é o nosso gabarito.


    Gabarito do Professor: Letra D.
  • Olá, colegas concurseiros!

    Oque esta me ajudando a evoluir em contabilidade são as questões comentadas e esquematizadas pelo Professor William Notario, que pra mim é um dos melhores na área. Tive que recorrer as questões comentadas dele já que aqui no QC é raro encontrar comentários de professores da materia. Quem tiver interesse acessa o link abaixo:

    Link:  https://go.hotmart.com/S49055693C