SóProvas


ID
2970883
Banca
IF-GO
Órgão
IF-GO
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 4

Ricos 'não deveriam usar o SUS', diz Drauzio Varella

Luis Barrucho - 16/05/2018.


        O médico mais famoso do Brasil não tem papas na língua. Aos 75 anos, o paulistano Drauzio Varella é dono de opiniões fortes - e polêmicas. Em entrevista à BBC Brasil no Reino Unido, onde participou de um ciclo de palestras organizado por estudantes brasileiros, ele defendeu que os ricos deixem de usar o Sistema Único de Saúde (SUS).

        "[…] Ousou dizer que saúde é um bem de todos e um dever de Estado (…). Acho que, num país com a desigualdade do Brasil, temos uma parte da população com condições econômicas bastante favoráveis que não deveria usar o SUS. Deveria deixá-lo para quem não tem outra alternativa [...]. Então, não tem sentido de eu estar ocupando o lugar do outro, tenho que me entender com a iniciativa privada", diz.

        BBC Brasil: O sr. vem atuando em penitenciárias brasileiras há muito tempo. Essa dedicação gerou três livros entre eles o best-seller Carandiru, que virou filme. Como o sr. vê a atual situação das penitenciárias brasileiras?

        Drauzio Varella: A sociedade brasileira, na qual eu me incluo, quer ver bandido na cadeia. Quando cheguei ao sistema penitenciário, em 1989, no antigo Carandiru, o Brasil tinha 90 mil prisioneiros, entre homens e mulheres. A população total de presos hoje no Brasil está na casa dos 720 mil. Encarceramos muito mais do que no passado. Sete vezes mais. Mas a população do país não aumentou sete vezes mais de 1989 para cá. E a segurança pública melhorou nas cidades brasileiras? É isso que ninguém reflete. Está na cara que isso é uma guerra perdida. Não é assim que vamos resolver o problema. Não é desse jeito. Encarcerar simplesmente não melhora a segurança nas cidades. A gente se esquece de que esses que estão sendo presos vão ser libertados em pouco tempo. Mas quando voltam, voltam mais preparados para o crime. Vão conviver com os mais velhos, que participam de facções criminosas. Vão sair da cadeia mais organizados, mais articulados, do que quando entraram. O encarceramento tem que ser repensado. Está certo prender por quatro anos uma menina que coloca droga na vagina e leva para o namorado? Quem aqui ganha com isso?

Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/brasil-44090888> 16/05/2016. Acesso em 19 maio. 2018. [Adaptado]. 

Na sequência da entrevista do Texto 4, temos o seguinte fragmento: “Durante __________ conversa, Varella também falou sobre sua experiência nos presídios brasileiros, nos quais é voluntário __________ décadas. Também discorre sobre temas que costumam gerar polêmica, como __________ descriminalização das drogas, o aborto, __________ homossexualidade e o papel da fé no processo de cura”. Marque a alternativa que completa adequadamente esse fragmento do texto 4:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa C.

    Durante a conversa (...) -> A palavra convers, é substantivo do gênero feminino, devendo ser acompanhada do artigo "a".

    Nos quais é voluntário décadas -> o verbo "há" é usado quando nos referirmos a tempo passado, usando o verbo haver como sinônimo de faz ou tem.

    Como a descriminalização das drogas, o aborto, a homossexualidade. Novamente, são substantivos no feminino, devendo ser acompanhados do artigo "a".

  • GABARITO: LETRA C

    “Durante _A_ conversa, Varella também falou sobre sua experiência nos presídios brasileiros, nos quais é voluntário _HÁ_ décadas. Também discorre sobre temas que costumam gerar polêmica, como _A_ descriminalização das drogas, o aborto, _A_ homossexualidade e o papel da fé no processo de cura”

    -----> durante alguma coisa (não há termo que rege preposição, logo há somente artigo).

    -----> há décadas (usa-se "há" quando se referir a tempo decorrido).

    -----> como a descriminalização das drogas, o aborto, a homossexualidade.... (aqui também não há nenhum termo que regeu a preposição, temos em destaque somente artigos).

    Força, guerreiros(as)!!

  • Gabarito Letra C.

    OBS: Para identificarmos se utilizaremos o “a” ou “há”, substituímos por “faz” nas expressões indicativas de tempo. Se a substituição não alterar o sentido real da frase, emprega-se “há”.

    Exemplos: Há cinco anos não escutava uma música como essa.

    Substituindo por faz: Faz cinco anos que não escutava uma música como essa.

    O sentido não foi alterado, então o "há" pode ser empregado.

    Fonte: VILARINHO, Sabrina. "A ou Há? "; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/a-ou-ha.htm

  • Basta saber que na segunda lacuna pede o , que corresponde a décadas e matamos a questão.

  • mamão com açúcar.

  • GABARITO: LETRA C

    COMPLEMENTANDO:

     é a forma conjugada do verbo haver na 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo. Pode indicar tempo passado ou ser sinônimo de existir.

    -há muito tempo;

    -há muitos anos;

    -há vagas de emprego;

    -há coisas que não mudam.

    À é a contração da preposição a com o artigo definido feminino a (a + a = à). Pode indicar um lugar ou introduzir um objeto indireto. É, também, usado em muitas locuções adverbiais.

    -à noite;

    -à exceção;

    -à vontade;

    -à toa;

    -à parte.

    A é uma preposição simples, sem contração com um artigo definido. Pode introduzir um objeto indireto ou indicar tempo futuro.

    -daqui a cinco minutos;

    -daqui a pouco;

    -daqui a nada.

    FONTE: https://duvidas.dicio.com.br/ha-ou-a/

  • acertei so com o verbo faz , so eliminando...