O Método do Caminho Crítico (em inglês Critical Path Method, CPM) surgiu, inicialmente, para gerenciar projetos mais extensos e complexos, como a fabricação de produtos que necessitam de grande infraestrutura e geralmente são construídos no sistema de layout fixo (navios e aviões por exemplo). Porém, a técnica é uma metodologia muito versátil, que pode tranquilamente ser utilizada para gerenciar qualquer tipo de projeto e até mesmo linhas de produção.
O método é utilizado em conjunto com o diagrama de redes PERT (do inglês: Program Evaluation and Review Technique), organizando em conjunto as tarefas e etapas do projeto para visualizar melhor as atividades e encontrar o tempo total de duração do projeto ou atividade.
Com o CPM PERT, é possível determinar melhor quanto tempo um projeto levará para ser finalizado e compreender melhor quais atividades precisam ser feitas, bem como em que ordem . O método também auxilia a direcionar melhor os recursos que serão utilizados.
Vamos conhecer um pouco a história por trás do surgimento da rede PERT/CPM:
Em 1957, os matemáticos Morgan Walker e James Kelley se puseram a investigar uma maneira de entender melhor a correlação tempo-custo para os projetos de engenharia das plantas de uma indústria norte-americana do ramo químico. Eles sabiam que acelerar todas as atividades de um projeto não era a maneira mais eficiente de obter prazo reduzido e desconfiavam que o cerne do problema era achar as atividades "certas" para acelerar o projeto sem incorrer em significativo aumento de custo. Walker e Kelley batizaram de "cadeia principal" o que pouco depois seria imortalizado como "caminho crítico" e que seria a base do Critical Path Method (Método do
Caminho Crítico). A solução dos matemáticos foi estabelecer eventos (nós) interligados por atividades (flechas), as quais usavam a notação i-j. Nascia ali o Método das Flechas, ou Activity-on-Arrow ou Arrow Diagramming Method (ADM). O primeiro projeto que surgiu monitorado pela nova técnica foi o George Fischer Works, com 61 atividades e 16 atividades-fantasma (Weaver, 2006), Nessa época, o maior limitador à disseminação da metodologia era o custo de processamento — manter uma rede de 150 atividades requeria mais de 300 horas por mês de computador de grande porte. Os resultados, contudo, desafiavam qualquer ceticismo: a indústria passou a ter uma redução de 25% no prazo de suas paradas de manutenção programada e construção de novas unidades.
O Program Evaluation and Review Technique (Técnica de Avaliação e Revisão de Programas), cuja sigla é PERT, foi desenvolvido na Marinha Americana em parceria com a Booz Allen & Hamilton (empresa de consultoria) e a Lockheed Aircraft Corporation, para planejamento e controle do Projeto Polaris, cujo escopo era o desenvolvimento de um míssil balístico essencial para os planos americanos na época da Guerra Fria. O Polaris era de uma complexidade sem par, envolvendo 250 fornecedores e 9 mil subempreiteiros (Hirschfield, 1969), com duração estimada de sete anos. O PERT permitiu à Marinha Americana executá-lo em apenas quatro anos. Por se tratar de um projeto novo, com atividades nunca antes desempenhadas em nenhum projeto similar, a equipe de criadores do PERT recorreu à ideia de durações probabilísticas, atribuindo para cada atividade uma duração otimista, uma pessimista e uma mais provável.
Foi no PERT que surgiu o termo “caminho crítico” embora o CPM é que o tenha incorporado ao nome.
Após esse breve resumo histórico, vamos analisar as assertivas e julgá-las:
I. O Método do Caminho Crítico (em inglês Critical Path Method, CPM) surgiu, inicialmente, para gerenciar projetos mais extensos e complexos, como a fabricação de produtos que necessitam de grande infraestrutura e geralmente são construídos no sistema de layout fixo. VERDADEIRA
Como vimos no texto acima, o Método do Caminho Crítico foi desenvolvido para o planejamento e controle do projeto Polaris, um projeto extremamente extenso e complexo, com atividades que nunca haviam sido desempenhadas, para produção de um míssil balístico durante a Guerra Fria.
II. a técnica é uma metodologia muito versátil, que pode tranquilamente ser utilizada para gerenciar qualquer tipo de projeto e até mesmo linhas de produção. VERDADEIRA
Atualmente, a Rede PERT/CPM é utilizada nos mais variados tipos de projetos, tais como: construções de empreendimentos, pesquisa e desenvolvimento de produtos, produção de filmes, projeto e construção de navios, implementação de sistemas de informações (TI), etc.
Apesar de tratarem do mesmo assunto, claramente a segunda assertiva não é uma justificativa da primeira, uma vez que a primeira discorre sobre o surgimento da técnica e a segunda discorre sobre a versatilidade de seu uso.
Resposta: C