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Investigação da Divisão de Homicídios apresenta minúcias operacionais da GDE (Guardiões do Estado).
Um Volkswagen Golf, de cor branca e placa fria, foi identificado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), como um dos veículos usados na matança, organizada pela facção Guardiões do Estado (GDE). Motivação da ação criminosa teria como cerne a disputa territorial pelo tráfico de drogas.
Ainda que descentralizado, o comando da GDE é mantido por um 'conselho', formado pelos maiores articuladores da facção. Djair de Souza Silva, o 'De Deus', seria o principal entre todos os líderes. Aos 29 anos, ele teria dado a chancela para a matança, e entrado em contato com os demais conselheiros para os planos serem botados em prática.
A região das Cajazeiras, de acordo com o depoimento de um integrante de facção, já havia sido comandada pela GDE, há cerca de dois anos. O 'Forró do Gago', por sua vez, estaria sendo ponto de encontro de membros da facção inimiga. Segundo a testemunha, diversas festas realizadas no clube teriam sido patrocinadas pelo CV, incluindo o Natal de 2017 e o Réveillon deste ano.
Os sete (dentre os criminosos) teriam conversado e recebido a informação de que três integrantes do Comando Vermelho seriam os alvos da ação, incluindo o dono da casa de shows Forró do Gago. Em seu depoimento, 'Biel' disse que o líder 'Afeganistão' já tinha sido da facção inimiga, por isso sabia o itinerário dos membros e quais deles costumavam frequentar o local da festa.
De acordo com uma testemunha, no momento dos crimes, a GDE utiliza roupas similares às da Polícia, para induzir a população ao erro, fazendo pensar serem militares.
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Guardiões do Estado (ou, na sigla, G.D.E) é como é conhecida uma facção criminosa originária da cidade de . É considerada a menor organização dentro dos presídios e a maior nas ruas do . Estima-se que o grupo tenha cerca de 8 mil filiados nos presídios cearenses, enquanto seu principal concorrente, o a maior facção do estado, teria mais de 12 mil. Dentre os atos de maior repercussão da G.D.E está a , considerada a maior da história de Fortaleza. Ao todo, entre 19 e 22 daquele mês, foram 34 ataques a equipamentos públicos registrados na e no município de , sendo 22 ônibus incendiados e quatro delegacias, dois bancos, seis carros de concessionários do Estado e a antiga sede da atacados.
Em 2017, a facção que antes era "neutra", decide se aliar ao , e ao fazendo assim a linha de frente contra o , em todo o estado do Ceará.