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ID
3004123
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Avelinópolis - GO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Entende-se por Transtornos Dissociativos aqueles que de alguma forma levam a pessoa a se sentirem deslocados de si mesmos ou do ambiente, como se estivessem sonhando ou vivendo em câmara lenta (Barlow &Durand, 2008). Estes transtornos apresentam-se nas formas de transtorno de despersonalização, amnésia dissociativa, fuga dissociativa e transtorno de transe dissociativo. Quando as sensações de irrealidade são tão graves e aterrorizantes que dominam a vida de um indivíduo e impedem o funcionamento normal, os clínicos podem diagnosticar

Alternativas
Comentários
  • Critérios Diagnósticos 300.6 (F48.1)

    A. Presença de experiências persistentes ou recorrentes de despersonalização, desrealização ou

    ambas:

    1. Despersonalização: Experiências de irrealidade, distanciamento ou de ser um observador

    externo dos próprios pensamentos, sentimentos, sensações, corpo ou ações (p. ex., alterações

    da percepção, senso distorcido do tempo, sensação de irrealidade ou senso de si

    mesmo irreal ou ausente, anestesia emocional e/ou física).

    2. Desrealização: Experiências de irrealidade ou distanciamento em relação ao ambiente ao

    redor (p. ex., indivíduos ou objetos são vivenciados como irreais, oníricos, nebulosos, inertes

    ou visualmente distorcidos).

    B. Durante as experiências de despersonalização ou desrealização, o teste de realidade permanece

    intacto.

    C. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,

    profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

    D. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso,

    medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., convulsões).

    E. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental, como esquizofrenia, transtorno

    de pânico, transtorno depressivo maior, transtorno de estresse agudo, transtorno de estresse

    pós-traumático ou outro transtorno dissociativo.

    fonte : DSM 5

  • De acordo com o DSM-V, transtornos dissociativos são caracterizados por perturbação e/ou descontinuidade da integração normal de consciência, memória, identidade, emoção, percepção, representação corporal, controle motor e comportamento. Os sintomas dissociativos podem potencialmente perturbar todas as áreas do funcionamento psicológico e são vivenciados como intrusões espontâneas na consciência e no comportamento, acompanhadas por perdas de continuidade na experiência subjetiva (i.e., sintomas dissociativos “positivos", como fragmentação da identidade, despersonalização e desrealização); e/ou incapacidade de acessar informações e de controlar funções mentais que normalmente são de fácil acesso ou controle (i.e., sintomas dissociativos “negativos", como amnésia). Incluem: transtorno dissociativo de identidade, amnésia dissociativa, transtorno de despersonalização/desrealização, outro transtorno dissociativo especificado e transtorno dissociativo não especificado.

    O transtorno de despersonalização/desrealização é caracterizado por despersonalização (i.e., experiências de irrealidade ou distanciamento da própria mente, de si ou do corpo) e/ou desrealização (i.e., experiências de irrealidade ou distanciamento do ambiente ao redor) clinicamente persistente ou recorrente. Essas alterações da experiência ocorrem sem que haja prejuízo ao teste de realidade. Não há evidência de nenhuma distinção entre indivíduos com sintomas predominantes de despersonalização versus desrealização. Portanto, indivíduos com esse transtorno podem ter despersonalização, desrealização ou ambos.

    A amnésia dissociativa é caracterizada por incapacidade de recordar informações autobiográficas. Esse tipo de amnésia pode ser localizada (i.e., um evento ou período de tempo), seletiva (i.e., um aspecto específico de um evento) ou generalizada (i.e., identidade e história de vida). A amnésia dissociativa é basicamente uma incapacidade de recordar informações autobiográficas incompatível com o esquecimento normal. Ela pode ou não envolver viagens intencionais ou perambulação sem rumo (i.e., fuga). Embora alguns indivíduos com amnésia percebam prontamente que “perderam tempo" ou que existe uma lacuna em sua memória, a maioria daqueles com transtornos dissociativos inicialmente não têm consciência de suas amnésias. Para eles, a consciência da amnésia ocorre apenas quando a identidade pessoal é perdida ou quando circunstâncias os defrontam com a ausência de informações autobiográficas (p. ex., quando descobrem evidências de eventos que não conseguem recordar, ou quando outras pessoas lhes contam ou perguntam a respeito de eventos que eles não conseguem lembrar). Até e a menos que isso aconteça, esses indivíduos têm “amnésia de sua amnésia". A amnésia é vivenciada como um aspecto fundamental da amnésia dissociativa; os indivíduos são acometidos mais comumente por amnésia localizada ou seletiva, sendo a generalizada um fenômeno raro. A fuga dissociativa é incomum em pessoas com amnésia dissociativa, porém comum no transtorno dissociativo de identidade.

    O transtorno dissociativo de identidade é caracterizado por presença de dois ou mais estados distintos de personalidade ou uma experiência de possessão e episódios recorrentes de amnésia. A fragmentação da identidade pode variar entre culturas (p. ex., apresentações na forma de possessões) e circunstâncias. Assim, os indivíduos podem vivenciar descontinuidades na identidade e na memória que talvez não fiquem imediatamente evidentes aos outros ou estejam obscurecidas por tentativas de ocultar a disfunção. Indivíduos com transtorno dissociativo de identidade sofrem intrusões recorrentes inexplicáveis em seu funcionamento consciente e no senso de identidade própria (p. ex., vozes; ações e fala dissociadas; pensamentos, emoções e impulsos intrusivos), alterações do senso de identidade própria (p. ex., atitudes, preferências, e sentir como se o corpo ou as ações não lhes pertencessem), mudanças bizarras da percepção (p. ex., despersonalização ou desrealização, como sentir-se distanciado do próprio corpo enquanto se corta) e sintomas neurológicos funcionais intermitentes. O estresse, muitas vezes, produz exacerbação transitória dos sintomas dissociativos, o que os torna mais evidentes.

    A categoria residual de outro transtorno dissociativo especificado tem sete apresentações descritas: sintomas dissociativos mistos crônicos ou recorrentes que se aproximam dos, mas não satisfazem os, critérios diagnósticos de transtorno dissociativo de identidade; estados dissociativos secundários a lavagem cerebral ou reforma do pensamento; duas apresentações agudas, com menos de um mês de duração, de sintomas dissociativos mistos, uma das quais também marcada pela presença de sintomas psicóticos; e três apresentações dissociativas de um único sintoma – transe dissociativo, estupor ou coma dissociativo e síndrome de Ganser (dar respostas aproximadas ou vagas).


    GABARITO: C

  • Oi, tudo bem?

    Gabarito: C

    Bons estudos!

    -Todo progresso acontece fora da zona de conforto. – Michael John Bobak