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a orientação do edifício, em função da radiação térmica, está associada à latitude do local em que será implantado. O uso adequado da orientação implica menor consumo de energia.
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a - INCORRETA - O fator que leva as áreas montanhosas a serem mais frias é a diminuição da irradiação nessas áreas e não da radiação, tendo em vista que o aquecimento ocorre de baixo para cima , em maior altitude estaremos mais distante do foco de calor.
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b,c, d - INCORRETAS - Nas áreas muito urbanizadas, o primeiro problema é a quantidade de veículos, que emitem muitos gases poluentes. Os calçamentos, de asfalto ou concreto, também absorvem e irradiam muito calor. Os prédios não ajudam, pois são de cores claras em sua maioria – uma forma de refletir a luz do sol e amenizar as temperaturas na parte de dentro. O problema é que a luz refletida acaba devolvendo calor para as ruas.
Ainda por conta dos edifícios, cada vez mais altos, o ar não circula direito.
e - CORRETA
A orientação do edifício influi sensivelmente na quantia de calor por ele recebida e o uso adequado da orientação em função da radiação solar implica em conforto para a edificação e menores consumos de energia (MASCARÓ, 1991)
De acordo com Frota; Schiffer (2000), para proteger o edifício da excessiva radiação, deve-se determinar a posição do Sol para o local em questão e a época do ano em que se deseja barrar seus raios diretos. Para que isso possa ser feito deve-se recorrer à geometria da insolação que possibilitará determinar graficamente os ângulos de incidência do sol em função da latitude, hora e época do ano. Uma das configurações feitas através da geometria da insolação são as cartas solares que “[...] são representações gráficas do percurso do Sol na abóbada celeste da Terra, nos diferentes períodos do dia e do ano. Em geral, são representadas por projeções do percurso solar, em um plano.” (BITTENCOURT, 2004, p.27)
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O conforto térmico das edificações está
diretamente relacionado à intensidade de radiação solar incidente na sua
superfície. Segundo Frota (2004, p. 18) “o maior ou menor
aquecimento de um determinado ponto da superfície da Terra depende
primeiramente das condições geométricas de exposição à radiação solar. Isso
depende da latidude, que vai determinar os ângulos de incidência do Sol e o período de permanência do Sol acima do horizonte do lugar".
Portanto, a intensidade de radiação solar incidente sobre uma superfície, ou o edifício - além das condições atmosféricas de nebulosidade, umidade relativa do ar, entre outros fatores - depende também da latitude em que ele está localizado. Quanto mais afastado da latitude 0°, menor é a incidência de radiação solar direta (Imagem 1).
O conhecimento do percurso do sol no céu em determinada localidade é essencial para projetar um edifício protegendo-o (quando desejado) da radiação solar. Para Frota (2004, p. 24), "a primeira atitude de projeto se refere à implantação, conforme a conveniência de maior ou menor exposição à radiação solar. Daí o interesse [...] da latitude do lugar" para, dessa maneira, tomar as decisões mais adequadas quanto à implantação e ao partido arquitetônico.
O menor consumo de energia está diretamente relacionado aos ganhos ou perdas de calor pela
envoltória da edificação. Fossati e Lamberts (2010, p. 60) concordam que "esse fator, associado à carga
interna gerada pela ocupação, pelo uso de
equipamentos e pela iluminação artificial, resultam
no consumo dos sistemas de condicionamento de
ar, além dos próprios sistemas de iluminação e
equipamento".
Portanto, a resposta correta é a alternativa E.
GABARITO: Alternativa E.
FONTES:
FOSSATI, Michele; LAMBERTS, Roberto. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 10, n. 2, p. 59-69, abr./jun. 2010.
FROTA, Anésia Barros. Geometria da Insolação. São Paulo: Geros, 2004.