Última modificação: 08/04/2019 | 19h01O
Câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários .
Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos de idade, têm maior risco de desenvolver câncer de mama. O acúmulo de exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas com o envelhecimento aumentam, de modo geral, esse risco .
Os fatores endócrinos/história reprodutiva estão relacionados principalmente ao estímulo estrogênico, seja endógeno ou exógeno, com aumento do risco quanto maior for a exposição. Esses fatores incluem: história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos), menopausa tardia (após os 55 anos), primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade, uso de contraceptivos orais (estrogênio-progesterona) e terapia de reposição hormonal pós-menopausa (estrogênio-progesterona) .
Os fatores comportamentais/ambientais bem estabelecidos incluem a ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade na pós-menopausa, e exposição à radiação ionizante . O tabagismo, fator estudado ao longo dos anos com resultados contraditórios, é atualmente reconhecido pela International Agency for Research on Cancer (IARC) como agente carcinogênico com limitada evidência de aumento do risco de câncer de mama em humanos .
O risco de câncer de mama devido à radiação ionizante é proporcional à dose e à frequência . Doses altas ou moderadas de radiação ionizante (como as que ocorrem nas mulheres expostas a tratamento de radioterapia no tórax em idade jovem) ou mesmo doses baixas e frequentes (como as que ocorrem em mulheres expostas a dezenas de exames de mamografia) aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de mama.
Os fatores genéticos/hereditários estão relacionados à presença de mutações em determinados genes, especialmente BRCA1 e BRCA2. Mulheres que possuem vários casos de câncer de mama e/ou pelo menos um caso de câncer de ovário em parentes consanguíneos, sobretudo em idade jovem, ou câncer de mama em homem também em parente consanguíneo, podem ter predisposição genética e são consideradas de maior risco para a doença. O câncer de mama de caráter hereditário corresponde, por sua vez, a apenas 5% a 10% do total de casos .
Os fatores endócrinos estão relacionados principalmente ao estímulo estrogênico, seja endógeno ou exógeno, com aumento do risco quanto maior for o tempo de exposição. Possuem risco aumentado as mulheres com história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos), menopausa tardia (instalada após os 50 anos de idade), primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade e terapia de reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se prolongada por mais de cinco anos. Até o momento, as evidências sobre o aumento de risco de câncer de mama com o uso de contraceptivos orais são conflitantes.
caderno de atenção básica do ministério da saúde (câncer de colo do útero e mama)
Vamos analisar as alternativas:
O período mais comum para a mulher
desenvolver o câncer de mama após os 50 anos de idade e é raro antes dos 35
anos. A primeira afirmativa está correta.
Os fatores de risco para câncer de
mama são: obesidade e sobrepeso, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica, exposição
frequente a radiações ionizantes, menarca precoce, não ter tido filhos, primeira
gravidez após os 30 anos, não ter amamentado, menopausa tardia, reposição
hormonal pós-menopausa, história familiar de câncer de mama e ovário,
principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos e alteração
genética. Portanto a segunda afirmativa está correta.
Os fatores endócrinos/história
reprodutiva estão relacionados principalmente ao estímulo estrogênico, seja
endógeno ou exógeno, com aumento do risco quanto maior for a exposição. Esses
fatores incluem: história de menarca precoce (idade da primeira menstruação
menor que 12 anos), menopausa tardia (após os 55 anos), primeira gravidez após
os 30 anos, nuliparidade, uso de contraceptivos orais (estrogênio-progesterona)
e terapia de reposição hormonal pós-menopausa (estrogênio-progesterona). Logo a
terceira afirmativa está correta.
Gabarito do Professor: Letra E
Bibliografia
www.inca.gov.br
Instituto Nacional de Câncer José
Alencar Gomes da Silva. Câncer de mama: é preciso falar disso / Instituto
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro: Inca, 2014.
Instituto Nacional de Câncer
(Brasil). ABC do câncer : abordagens básicas para o controle do câncer /
Instituto Nacional de Câncer. – Rio de Janeiro : Inca, 2011.