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ID
301096
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2006
Provas
Disciplina
História
Assuntos

De 1500 a 1532, a economia brasileira assentava-se em uma série de feitorias costeiras onde se iam acumulando, à espera dos navios, mercadorias pouco numerosas (pau-brasil, pássaros e animais da terra, uns poucos escravos indígenas) obtidas por escambo. A partir de 1532, com o início da colonização efetiva e da economia do açúcar, as exigências de alimentos para a população européia crescente e de mão-de-obra para os engenhos mudaram com rapidez o caráter das relações com os autóctones.
O século XVII foi, de fato, aquele em que o Nordeste do Brasil se transformou, pioneiramente, em relação a outras áreas afro-americanas, em região típica de plantation. Com a insuficiência crescente da disponibilidade de escravos indígenas, uma procura já existente passou a ser atendida pela importação
de africanos. A fuga, a resistência e a revolta foram, desde o início, inseparáveis da escravidão.
Com a mineração de ouro e diamantes no século XVIII, bem como devido à urbanização intensificada, e ainda em função da expansão e diversificação agrícolas, deu-se nesse período uma intensificação da escravidão e, por conseguinte, do tráfico que a alimentava. Um dos efeitos da mineração foi o surgimento de uma rede urbana considerável nas zonas das minas e o crescimento do tamanho e da importância do Rio de Janeiro.

Ciro Flamarion Santana Cardoso. O trabalho na colônia. In: Maria Yedda Linhares (Org.).História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1996, p. 88-94 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando aspectos marcantes do processo de colonização do Brasil, julgue os itens seguintes.

Movimentos nativistas e emancipacionistas, a exemplo da Insurreição Pernambucana e da Conjuração (Inconfidência) Mineira, ocorreram em áreas diversas do Brasil colonial, inexistindo diferenças mais significativas entre eles, quer no que se refere aos fatos que os motivaram, quer no que diz respeito aos métodos por eles adotados.

Alternativas
Comentários
  • Em Pernambuco não foi issurreição e sim revolução ,nenhuma  delas natvistas

  • >inexistindo diferenças mais significativas entre eles ERRADO

  • Errado 

    1645 – INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA
    Revolta da população nordestina (a partir de 1645) contra o domínio Holandês. Sob iniciativa dos senhores de engenho, os colonos foram mobilizados para lutarem. As batalhas das Tabocas e de Guararapes enfraqueceram o poderio dos invasores europeus. Até que, na batalha de Campina de Taborda, em 1654, os Holandeses foram derrotados e expulsos do país.
    1789 – INCONFIDÊNCIA MINEIRA
    Inconformados com o peso dos impostos, membros da elite uniram-se para estabelecer uma república independente em Minas. A revolta foi marcada para a data da derrama (cobrança dos impostos em atraso), mas os revolucionários foram traídos. Como consequência, os inconfidentes foram condenados ao desterro perpétuo na África, com exceção de Tiradentes, que foi enforcado e esquartejado.
     

  • A questão refere-se à Revolução Pernambucana de 1817, que marcou a insatisfação provincial com o Rio de Janeiro, e cujos interesses eram antilusitanistas (o problema era a centralização, vista como um instrumento conservador a serviços da Corte), e não à Insurreição Pernambucana de 1645, como menciona o colega.

  • Os movimentos nativistas (antifiscalistas) se diferenciavam dos movimentos emancipacionistas (separatistas). Em geral, os primeiros estavam relacionados a tributos; os segundos, à unidade do império.

  • Kinho Concurseiro, Em pernambuco houve tanto emancipacionista, vide a Revolução Pernambucana de 1817 (contra administração portuguesa e proclamação da república), quanto de caráter nativista, vide a Insurreição pernambucana de 1654 (expulsão dos holandeses).

    Emancipacionista : Cunho nacional ou regional, com influência dos ideais revolucionários da burguesia europeia e do iluminismo e contestação ao sistema colonial.

    Nativista : Movimentos locais com problemas específicos, sem influência externa e sem contestação ao sistema colonial.

  • MOVIMENTOS SEPARATISTA