Para ser eficaz, é necessário que seja específica para o tipo de veneno do animal agressor (importante a identificação do animal); seja administrado dentro do menor prazo possível e na dose necessária.
Se o número disponível de ampolas for inferior ao recomendado, a soroterapia deve ser iniciada enquanto se providencia o tratamento complementar.
A via de escolha da administração do soro é EV, caso não seja possível, administrar via SC.
O soro, diluído ou não deve ser infundido em 20 a 60min.
A via IM não deve ser utilizada (exceto Soro Antilatrodectus que é por via IM) e o soro nunca deve ser administrado no local da picada.
A diluição, a critério médico, pode ser na razão de 1:2 ou 1:5 em soro fisiológico ou glicosado 5%, infundido-se na velocidade de 8 a 12ml/min. Observar possível sobrecarga em crianças e em pacientes com insuficiência cardíaca.
Da administração do soro heterólogo pode advir complicações como choque anafilático e doença do soro.
O Teste de Sensibilidade (cutâneo ou ocular) tem sido excluído por apresentar baixa sensibilidade e baixos valores preditivos, retardando o início do tratamento específico. Além disso, reações alérgicas graves não adiam ou contra-indicam o uso da soroterapia.
Deve-se obter informações sobre reações anteriores a algum soro heterólogo, atopia exacerbada, relato de reação alérgica a pêlo de cavalo (rinite, espirros, dermatite), para se inferir possíveis reações de hipersensibilidade; os cuidados devem ser redobrados caso as respostas forem positivas.
A soroterapia deve ser realizada em serviços de saúde preparado; estar presente um médico; garantir um bom acesso venoso; ter à mão laringoscópio com lâminas e tubos traqueais adequadas para peso e idade; soro fisiológico e/ou Ringer Lactato; Adrenalina 1:1000 e aminofilina (10ml=240mg).