ROCK COM BANANA
Nem que seja apenas por uma questão cronológica: já é tarde demais para se ficar discutindo a validade ou não da informação rock na música brasileira. Há quase 20 anos pelo menos ela transita de maneira constante, misturada e confusa por diversos setores da juventude urbana do Brasil. O mínimo que se poderia fazer, agora, seria tentar entender o fenômeno: que trajeto segue o dado X, informação musical de procedência estrangeira, até ser incorporado ao arsenal de recursos da criação brasileira? Já se fez isso com a polka (ou polca) e schottisch (ou xote) – que, como todos sabem, deram no choro, no maxixe e, em certa medida, no samba. Já se fez também com o jazz (que deu na bossa-nova, se em mais nada). Mas o rock é muito recente. Ou será muito espinhoso, muito constrangedor?
Não há nenhum levantamento sistemático da trajetória do rock por terras brasileiras. Então, é preciso usar os elementos disponíveis: no caso, discos. Vinte anos depois, cada disco que se produz hoje no Brasil contendo algo de rock serve, no mínimo, como base para pesquisas e meditações. Para quem quer entender, é claro!
(BAHIANA, Ana Maria. Nada será como antes: MPB anos 70 – 30 anos depois. Rio de Janeiro: Senac Rio, 2006).
Segundo Vanoye (2003), há mensagens em que não se percebe a presença do destinador, porque elas são produto de um processo de construção que busca a neutralização intencional do “eu”. Há, porém, mensagens em que o destinador manifesta claramente suas opiniões ou reações relativamente ao conteúdo de que trata; e ainda há aquelas em que a expressão pessoal intervém de maneira dissimulada. Isso considerado, com relação ao texto Rock com banana, podemos afirmar que: