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ID
3024508
Banca
UFES
Órgão
UFES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Biblioteconomia
Assuntos

Sobre Ação Cultural, é INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • jamais animação cultural

  • Ação cultural é um termo com muitos significados diferentes, que vai desde posse, domínio ou poder individual sobre determinados objetos, obras ou manufaturas, até conceitos e sentidos representativos de práticas sociais ou visões de mundo (FLUSSER, 1983; COELHO NETO, 1988). Importante dizer que os termos “animação cultural” e “ação cultural” circulam no meio bibliotecário até a exaustão, e antes de qualquer outra consideração, é necessário distingui-los, não apenas por questões técnicas, mas porque implicam em conceitos e práticas diferentes. Animação cultural remete à ideia de implementação de atividades e eventos para atrair o público e chamar-lhe a atenção para a biblioteca. Pode funcionar como um “marketing”, cujo objetivo é fazer com que o livro “desencalhe” da prateleira. Outra função seria a de “arejar” a biblioteca, abrir portas e janelas e conferir-lhe um ar mais gracioso, deixando que as vozes circulem naquele espaço de silêncio secular. Nesta perspectiva, o bibliotecário (como um animador cultural) seria um programador de atividades – exposições, cursos, “shows” – um administrador de cultura, o que em si não é negativo, porém esta prática não se caracteriza como sendo ação cultural. A ação cultural, na maioria das vezes, inclui uma animação cultural, até como veículo de divulgação. Mas a ação cultural não se limita a mostrar os bens culturais, ela possibilita a participação das pessoas na produção destes bens, facilitando a aglomeração de indivíduos e grupos que se apropriam dos espaços e equipamentos da biblioteca. Assim, o que ela faz é tentar criar oportunidades para que o mero usuário, o espectador, possa também elaborar sua produção. Está claro que ação cultural não significa nem o espontaneísmo, o laissez-faire, e nem o dirigismo, que tem a pretensão de dar à coletividade a cultura que se imagina que ela necessite. No primeiro caso deixa-se que as leis do mercado regulem o fazer cultural de forma bastante “democrática”, já que se pressupõem oportunidades iguais; no segundo, os mecanismos externos – não raro paternalistas – visam “dar consciência aos alienados” https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/download/425/468
  • Conforme Coelho (2001, p. 16):

    "Ação cultural" não foi sempre o termo usado. (E "fabricação" ninguém diz que faz.) Desde o início do século (e, na França, antes ainda), corrente era a idéia da "animação cultural". É uma expressão inadequada, viciada, que revela desde logo sua ideologia:o agente cultural é, aqui, um animador, é dele que parte a ação - nessa terminologia teológica, é ele o criador. É ele o sujeito, o grande sujeito.

    Gab. E

    Coelho, Teixeira. O que é ação cultural! São Paulo: Brasiliense, 2001.