Em síntese: existe uma linguagem verbal, linguagem de sons que veiculam conceitos e que se articulam no aparelho fonador, sons estes que, no Ocidente, receberam uma tradução visual alfabética (linguagem escrita), mas existe simultaneamente uma enorme variedade de outras linguagens que também se constituem em sistemas sociais e históricos de representação do mundo. Portanto, quando dizemos linguagem, queremos nos referir a uma gama incrivelmente intrincada de formas sociais de comunicação e de significação.
(SANTAELLA, L. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1993. Coleção Primeiros Passos.)
No trecho citado, a semioticista Lucia Santaella procura mostrar que o conceito de linguagem abrange outros elementos além daqueles pertinentes à linguagem verbal. Para a autora, a definição do objeto de estudo da Semiótica enquanto ciência articula-se com essa concepção de linguagem porque: