Gaba: C
Para Piaget (1995), há dois tipos básicos de abstração: a empírica e a reflexionante. A abstração reflexionante desdobra-se em abstração pseudoempírica e refletida.
~> A abstração empírica é apoiada sobre os objetos físicos ou sobre os aspectos materiais da ação. Nesse tipo de abstração, as propriedades dos objetos existem antes de qualquer constatação do sujeito. Recapitulando, a abstração empírica consiste na retirada, pelo sujeito, das informações do objeto ou das características materiais das ações do sujeito. No processo de abstração empírica o sujeito busca alcançar o dado que lhe é exterior, isto é, “[...] visa a um conteúdo em que os esquemas se limitam a enquadrar formas que possibilitarão captar tal conteúdo” (p. 5).
~> A abstração reflexionante consiste na retirada, pelo sujeito, das qualidades das coordenações das próprias ações. É um processo que procede das ações ou operações dos sujeitos, remetendo para um plano superior o que foi retirado de um nível inferior de coordenações de ações. Nesse nível superior esse material é reorganizado pela reflexão.
(fonte: Jaqueline Santos Picetti. O PROCESSO DE ABSTRAÇÃO NA TRAJETÓRIA DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. Disponível em: http://maratavarespsictics.pbworks.com/w/file/fetch/74460728/Abstra%C3%A7%C3%A3o%20Reflexionante.pdf)
Resposta: A (reflexionamento e reflexão)
Segundo Becker (2001, p.45): "o processo de abstração reflexionante comporta sempre dois aspectos inseparáveis: de um lado, o reflexionamento (réflêchissement), isto é, a projeção sobre um patamar superior daquilo que foi tirado do patamar inferior, como acontece com a passagem da ação sensório-motora à representação; ou da assimilação simbólica pré-operatória à operação concreta. De outro lado, uma reflexão (réflexion) , "como ato mental de reconstrução e reorganização sobre o patamar superior daquilo que foi assim transferido do inferior" (p. 303)."
Referência: Becker, Fernando. Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artrned Editora, 2001.