Em seu livro “O Juízo Moral da Criança”, 1994, Jean Piaget faz correspondência aos estágios do desenvolvimento moral a um acréscimo qualitativo em relação ao estágio anterior, como um processo a níveis mais ordenados do conhecimento moral.
Anomia distingue-se por ser formada por crianças ainda pequenas, iniciando-se a partir do seu nascimento até mais ou menos 5 anos de idade, com foco na fase em que a consciência da criança é desprovida de regras. Nesta etapa, o “egocentrismo” infantil também faz parte do processo de desenvolvimento. As regras então são obedecidas por força do hábito. As crianças não conseguem nessa etapa de vida separar o certo do errado e agem em benefício as suas próprias necessidades.
A fase heterônoma tem como principal feição, a obediência em respeito à autoridade, destacando o adulto e sua maneira de impor as regras e o estabelecimento de normas. Nesta etapa, não há consciência e nem mesmo reflexão sobre os seus próprios atos. Na ausência da autoridade, pode ocasionar a indisciplina novamente.
Na última fase do desenvolvimento moral, chamada de autonomia, que tem seu início ente os 9 e 10 anos de idade, o individuo alcança a consciência moral, autenticando suas ações e sentimentos de acordo com princípios éticos e morais, interiorizando e matutando sobre o que foi recebido dos adultos. Entendendo então as consequências de seus atos.