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ID
3037897
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ibaté - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

                                               Dieta salvadora

       O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um destino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da Guanabara ao Pacífico.
    De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios, de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que eles ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.
      Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco Karel Čapek, um explorador descobre na costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defenderem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se reproduzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar e inundam os continentes. Passam a ser bilhões e tomam o mundo.
      Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós.
      Com os micróbios no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo.

(Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/. 31.05.2019. Adaptado)

De acordo com o texto, um grupo de cientistas de diferentes países

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → está criando espécies similares à dos micróbios descobertos para aumentar a capacidade de decomposição do plástico nas águas.

    → estão criando, de acordo com o texto: Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que eles ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago; ou seja, estão procurando aumentar a capacidade de decomposição do plástico, criando novas espécies.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • C -> estão criando especies similares para ajudar os microbios q ja tem a decompor o plastico

    E -> estrapola oq esta sendo lido, onde no texto diz q eles estão reproduzindo em outros locais

  • De acordo com o texto,está no texto.famosa compreensão do texto.

  • A questão requer compreensão e interpretação textual.

    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – Na verdade, os micróbios marinhos que dizimam os plásticos jogados ao mar por conta do carbono contido neles.

    ALTERNATIVA (B) INCORRETA – O grupo de cientistas de diferentes países vê com satisfação o aumento da população dos micróbios recentemente descobertos em ilhas gregas porque eles dizimam os plásticos jogados ao mar.


    ALTERNATIVA (C) CORRETA – Com sua descoberta, os cientistas pretendem criar réplicas dos micróbios marinhos para aumentar a capacidade de decomposição do plástico nas águas e, assim, poder salvar os mares.


    ALTERNATIVA (D) INCORRETA – Os cientistas não veem perigo algum em relação aos micróbios marinhos, ao contrário, veem uma possível salvação para os mares.


    ALTERNATIVA (E) INCORRETA – Pode-se inferir, a partir da leitura do texto, que os cientistas pretendem reproduzir os micróbios em todo o mundo, não apenas nas ilhas gregas.


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (C)