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ID
3037912
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ibaté - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

                                               Dieta salvadora

       O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um destino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da Guanabara ao Pacífico.
    De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios, de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que eles ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago.
      Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco Karel Čapek, um explorador descobre na costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defenderem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se reproduzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar e inundam os continentes. Passam a ser bilhões e tomam o mundo.
      Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós.
      Com os micróbios no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo.

(Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/. 31.05.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o trecho do texto traz uma comparação.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa D: a expressão "melhor do que" é comparativa.

  • GABARITO: LETRA D

    → É que, no livro, as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós.

    → É feita uma comparação com o modo que as salamandras gerem o mundo e o modo como nós gerimos o mundo.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Gabarito''D''.

    É que, no livro, as salamandras aprendem a gerir o mundo melhor do que nós.=> o trecho que traz uma comparação.

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • A questão requer compreensão e interpretação textual e grau dos adjetivos: comparativo.

    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – Tal trecho ambienta o(a) leitor(a) a respeito do que será exposto, por isso começa com essa constatação. Trecho retirado do início do primeiro parágrafo.

    ALTERNATIVA (B) INCORRETA –É uma constatação a respeito do lixo que acaba indo para os mares e, com isso, afetando a vida marinha. Trecho retirado do primeiro parágrafo.

    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – É uma referência tirada de uma obra citada no texto. Trecho retirado do terceiro parágrafo.

    ALTERNATIVA (D) CORRETA – Faz-se uma comparação entre as salamandras e nós - seres humanos. A expressão que confirma a comparação é “melhor do que nós” -  o adjetivo “melhor” (irregular) está no grau comparativo de superioridade.

    ALTERNATIVA (E) INCORRETA – Expressa uma causa, pois os mares estarão a salvo por causa dos micróbios no comando. Último parágrafo.

    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (D)