SóProvas


ID
3040879
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Mais ócio, por favor


      Quando o sociólogo italiano Domenico De Masi lançou o conceito de “ócio criativo”, em seu livro homônimo de 2000, foi alçado à condição de pensador revolucionário e à lista dos mais vendidos.

      O sucesso se deveu à explicação do espírito daquele tempo, ao apontar que tão essencial ao crescimento profissional quanto o estudo e o trabalho eram os momentos de desconexão com a labuta que abririam as portas para a criatividade e para “pensar fora da caixinha”. A intenção era alcançar uma fusão entre estudo, trabalho e lazer para aprimorar o conhecimento, vivenciar diferentes experiências e instigar a criatividade.

      Com o lançamento de “Uma Simples Revolução”, um best-seller, o sociólogo prega uma nova guinada no pensamento empresarial.

      Ao analisar as taxas de desemprego e de desocupação, para De Masi, a única saída é reduzir a carga de trabalho individual e abrir novas vagas. “Se as regras do jogo não mudarem, o desemprego – aberto ou oculto – está destinado a crescer em dimensão patológica”, escreve.

      O Brasil é um dos países que vivem essa realidade, com um desemprego de mais de 13 milhões de pessoas, segundo dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mais de 5 milhões de pessoas procuram trabalho no país há um ano ou mais, o que representa quase 40% desse total.

      A lógica do mercado não ajuda a melhorar esses números. As empresas tentam reduzir suas folhas de pagamento, mesmo que isso signifique mais horas extras.

      Só que, de acordo com o sociólogo, quanto mais horas um indivíduo trabalha, mais ele contribui para a taxa de desocupação. “Na Alemanha, onde todos trabalham, em média, 1400 horas, o desemprego está em 3,8% e o emprego está em 79%. Já na Itália, onde um italiano trabalha em média 1800 horas, o desemprego está em 11% e o emprego está em 58%”, detalha.

      “Para eliminar o desemprego, o único remédio válido é reduzir as horas de trabalho, mantendo o salário e aumentando o número de vagas”, diz, em entrevista ao UOL.


(Lúcia Valentim Rodrigues, “Mais ócio, por favor”. https://noticias.uol.com.br. Adaptado)

De acordo com Domenico De Masi, uma ação que tem efeito negativo no sistema produtivo das empresas é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    → de acordo com o texto:

    → A lógica do mercado não ajuda a melhorar esses números. As empresas tentam reduzir suas folhas de pagamento, mesmo que isso signifique mais horas extras. → O texto mostra que essa ação ocasiona uma maior taxa de desocupação, logo traz um valor negativa às empresas.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Assertiva b

    a busca pela redução das folhas de pagamento.

  • a busca pela redução das folhas de pagamento. o racíocinio dele é que as empresas reduzem a folha de pagamento promovendo mais horas extras ao invés de mais vagas de trabalho!!!

  • "A lógica do mercado não ajuda a melhorar esses números. As empresas tentam reduzir suas folhas de pagamento, mesmo que isso signifique mais horas extras."

  • O problema começa quando o enunciado é demasiadamente ambíguo.

    Ora, o que significa efeito negativo no sistema produtivo das empresas? Significa algo que faz as empresas em específico terem prejuízo ou que faz o sistema econômico da sociedade em geral ter prejuízo? Por incrível que pareça, a banca fica com a segunda interpretação. Mas como pode a redução das folhas de pagamento (B - Gab) ter efeito negativo no sistema produtivo interno das empresas se gastar menos com funcionários diminui a despesa? Essa é a pergunta a se fazer.

  • Eu acertei, mas o examinador foi infeliz nessa questão.

  • A redução nas folhas de pagamento, ao meu ver, é tida como uma ação positiva, pois para a empresa é preferível pagar mais horas extras do que aumentar o numero de empregados, ou seja, menos despesa e mais lucro.

    Caberia recurso.