- ID
- 305536
- Banca
- CESPE / CEBRASPE
- Órgão
- Instituto Rio Branco
- Ano
- 2005
- Provas
- Disciplina
- História
- Assuntos
O Império brasileiro realizara uma engenhosa
combinação de elementos importados. Na organização política,
inspirava-se no constitucionalismo inglês, via Benjamin
Constant. Bem ou mal, a monarquia brasileira ensaiou um
governo de gabinete com partidos nacionais, eleições, imprensa
livre. Em matéria administrativa, a inspiração veio de Portugal
e da França, pois eram estes dois países os que mais se
aproximavam da política centralizante do Império. O direito
administrativo francês era particularmente atraente para o viés
estatista dos políticos imperiais. Por fim, até mesmo certas
fórmulas anglo-americanas, como a justiça de paz, o júri, e uma
limitada descentralização provincial, serviam de referência
quando o peso centralizante provocava reações mais fortes.
Tratava-se, antes de tudo, de garantir a sobrevivência da
unidade política do País, de organizar um governo que
mantivesse a união das províncias e a ordem social.
José Murilo de Carvalho. Pontos e bordados – escritos de história e
política. Belo Horizonte: UFMG, 1998, p. 90-1 (com adaptações).
Acerca da história do Brasil monárquico, julgue os itens
seguintes, tendo o texto acima como referência inicial.
O período regencial, entre o fim do governo de D. Pedro I e a ascensão antecipada de D. Pedro II ao poder, foi assinalado pela eclosão de revoltas armadas pelo país afora, o que, em larga medida, refletia a luta das províncias contra o centralismo da Corte.