O conceito de "indústria cultural" formulado por Theodor Adorno e Max Horkheimer, fundadores da Escola de Frankfurt ou da Teoria Crítica, tinha como objetivo demarcar um processo da modernidade que retirava das manifestações culturais seus aspectos autônomos e originais. Segundo estes autores e, principalmente Adorno, que se debruçou mais sobre o conceito, tratava-se de um processo de "standardização" da cultura, no sentido de torná-la repetitiva e reprodutiva. Nas palavras do autor, tornava putrefado o que Benjamin Franklin identificou como "aura" na arte tradicional, a presença do ausente. Segundo Adorno, se observa essa "indústria", por exemplo, nos filmes de Western que se tornam todos iguais, assim como nos processos de comunicação de massa. Neste sentido, a indústria serviria como controle ideológico e não daria acesso ao povo à cultura dita superior. Seu objetivo, por fim, seria o de tornar a arte um mero produto reproduzível e comercializável destituindo-a de toda originalidade e impulsividade presente na arte popular, por exemplo. A arte, "standardizada" perderia sua capacidade de expandir consciências. Ao contrário, se tornava, a partir da indústria cultural, ferramenta de limitação da consciência.
Gabarito do professor: letra B.