SóProvas


ID
3062638
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

O triângulo EGO-OUTRO-REAL, em relação à dinâmica intersubjetiva entre EGO-OUTRO, sempre mediada pelos atos de trabalho sobre o REAL, se caracteriza por, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • gab. A > A avaliação do comportamento, para ser completa, deve ser feita por todos, sobretudo pela hierarquia que consegue perceber, de fora, atitudes de risco dos trabalhadores.(errado)

    Acontece que o triângulo EGO-OUTRO-REAL, em relação à dinâmica intersubjetiva não consiste nesse viés da avaliação hierárquica, a fim de somar segurança na mitigação de risco. Está mais envolto a percepção do trabalhador quanto ao reconhecimento que recebe do outro e, sobretudo, dos superiores hierárquicos, ou seja não há risco "percebidos" de fora, há uma relação psicológica intrínseca na saúde cognitiva do trabalhador, decorrente da "percepção interna" do sujeito quanto ao reconhecimento alheio do seu esforço.

    "o reconhecimento, segundo a psicodinâmica do trabalho (DEJOURS,2008), depende do “outro”, que seja um par ou líder. O engajamento subjetivo no trabalho se apóia no par contribuição-retribuição. O trabalhador contribui para a organização de trabalho e espera receber o reconhecimento por seus esforços, por ir além do prescrito para realizar o melhor trabalho possível. O triângulo da dinâmica da identidade criado por F. Sigaut permite visualizar e compreender melhor a interdependência entre os três elementos fundamentais na formação da identidade no campo social. Revelando que a ruptura do ego/sujeito com algum outro elemento do triângulo pode conduzir a um processo de alienação, o sujeito rompe não apenas com a realidade, mas também perde a referência que encontra na relação de alteridade, como acontece, por exemplo, com pessoas que desenvolvem um surto psicótico sendo necessário socorro e diagnostico psiquiátrico.

    um pouco mais de teoria: São 3 os vértices do triângulo de François Sigaut: (1) Ego/Sofrimento; (2) Real/ Trabalho; e (3) Outro/Reconhecimento. O real representa o sujeito diante da realidade do trabalho que media o ego. Para que o indivíduo construir sua identidade é necessário a participação do outro, pois é o outro que reconhece e julga o trabalho realizado, nesse viés: a empresa. A mobilização do sujeito no trabalho passam necessariamente pela mediação do real, por meio do trabalho como elemento captador do julgamento e do reconhecimento. Desta forma, a organização exerce grande peso na construção da identidade social do indivíduo. De acordo com Freitas, as organizações são mais que um local onde o trabalho é executado, configurando-se em um lugar onde sonhos e desejos podem ser realizados. Os trabalhadores buscam mais do que recompensa financeira e status, ou seja, procuram construir-se socialmente pela empresa. Se o sujeito não obtém reconhecimento, sua relação com o trabalho perde o sentido, o que pode gerar sofrimento, em um círculo vicioso desestruturante e desestabilizador da identidade, pouco perceptível no início, mas ao longo do tempo, deletério à saúde do trabalhador e por conseguinte da organização que está na iminência de ser afetada.

  • Olá!

    Gabarito: A

    Bons estudos!

    -O resultado da sua aprovação é construído todos os dias.