Vamos passar cada um dos itens.
A) há um padrão de funcionalidade almejado na estrutura da família, independentemente do lugar em que estão localizadas na estratificação social, fundamentado em pressupostos culturais que sustentam a família tradicional.
Errado. A partir de um entendimento crítico, esse padrão de comportamento é esperado a partir do lugar que as famílias ocupam na estratificação social.
B) há inúmeras famílias dotadas de passividade, baixa autoestima, resignação e dependência, aspectos estes que lhes são inerentes e devem balizar a proposta de trabalho.
Errado. Item traz um entendimento moralizador sobre as famílias.
C) constitui um grupo de pessoas com laços consanguíneos e/ou alianças e/ou afinidades, e que se empenham umas com as outras de modo contínuo, estável e não casual.
Correto. O item fez uma grande mistura. Pegou um pouco da definição da PNAS e um pouco de uma outra fonte. De acordo com Saraceno “Estamos diante de uma família quando encontramos um espaço constituído de pessoas que se empenham umas com as outras de modo contínuo, estável e não casual [...]”. Já a PNAS define família como “um conjunto de pessoas que se acham unidas por laços consanguíneos, afetivos e, ou de solidariedade”.
D) existe um modelo ideal de família no sistema capitalista, em que o trabalho social atua como ação modeladora de comportamentos e de valores.
Errado. O Serviço Social não atua como ação modeladora de comportamento e de valores.
E) é a unidade doméstica, na qual o foco de intervenção é a mulher, eleita como porta de relação e parceria com o objetivo de fortalecê-la, considerando que, historicamente, recai sobre ela a responsabilidade pelos cuidados com os filhos.
Errado. De modo algum o foco da intervenção é a mulher. Como nós estudamos, uma vez que o Serviço Social se aproximou do marxismo, a atuação do assistente social passa a reinterpretar as demandas apresentadas pelas famílias. Pautado por esse novo entendimento, as necessidades trazidas pelos sujeitos singulares não são mais compreendidas como problemas individuais ou familiares. Ao contrário, essas demandas passam a ser compreendidas como expressões de necessidades humanas não satisfeitas, decorrentes da desigualdade social
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