A síndrome do desconforto respiratório (SDR) do recém-nascido (RN) ou doença da membrana hialina é a expressão clínica decorrente da deficiência do surfactante alveolar associada à imaturidade estrutural dos pulmões, complicada pela má-adaptação do RN à vida extra-uterina e pela imaturidade de múltiplos órgãos.
Como a maturação dop ulmão fetal guarda relação com a idade gestacional, tanto a incidência como a gravidade
da doença relacionam-se diretamente com o grau da prematuridade.
Os sinais dea umento do trabalho respiratório aparecem logo após o nascimento, pioram gradativamente nas primeiras 24 horas e atingem o auge por volta de 48 horas. Nos casos de má evolução, a insuficiência respiratória se acentua com hipóxia progressiva acompanhada de deterioração do estado hemodinâmico e metabólico. Nos sobreviventes, a recuperação tem início a partir de 72 horas de vida.
O diagnóstico pode ser confirmadoa través de uma radiografia de tórax com aspecto típico de infltrado retículo-granular e broncogramas aéreos.
SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO (SDR)
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Rotinas Assistenciais da Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Também conhecida como doença da membrana hialina (DMH), tem como principal causa a quantidade inadequada de surfactante pulmonar em decorrência de: nascimento pré-termo, mecanismos imaturos de remoção do líquido pulmonar e baixa área de troca gasosa (típica do pulmão imaturo).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
As manifestações clínicas da DMH caracterizam-se por:
Dispnéia, taquipnéia ou bradipnéia em casos graves.
Gemido expiratório.
Cianose.
Batimentos de asas nasais.
Retração esternal.
Dificuldade em iniciar a respiração normal.
Tiragem intercostal e subcostal.
Crises de apnéia.
FATORES DE RISCO
Prematuridade.
Diabetes materna.
Fatores genéticos o Raça branca. o História de SDR em irmãos. o Sexo masculino. o Distúrbios da metabolização e da produção do surfactante. o Malformações torácicas que causam hipoplasia pulmonar (hérnia diafragmática). Existem também fatores que prejudicam agudamente a produção de surfactante, como asfixia perinatal em prematuros e parto cesáreo não precedido de trabalho de parto.
DIAGNÓSTICO
No período pós-natal o recém-nascido apresenta as manifestações clínicas supracitadas.
O aspecto radiográfico clássico é o de pulmões de baixo volume com padrão reticulogranular difuso (vidro moído) e broncogramas aéreos.
Esse quadro radiológico pode se apresentar em quatro graus:
o Grau I – leve (granulações finas).
o Grau II – moderada (granulação bem evidente em “vidro moído”).
o Grau III – grave (broncograma aéreo alcançando a periferias dos campos pulmonares, discreto borramento cardíaco).
o Grau IV (opacidade total dos campos pulmonares, área cardíaca imperceptível)