Para solucionar essa questão precisamos
colocar em prática nossos conhecimentos sobre sistemas de vedação vertical.
Especificamente, devemos nos pautar na
ABNT NBR 15575-4 (2013), intitulada “Edificações habitacionais — Desempenho
Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas
— SVVIE". De acordo com tal código normativo, os sistemas de vedação
vertical interno e externo são “partes da edificação habitacional que
limitam verticalmente a edificação e seus ambientes, como as fachadas e as
paredes ou divisórias internas"
Quanto à avaliação in loco
do funcionamento dos componentes dos sistemas de vedação vertical interno e
externo (XVVIE), a A ABNT NBR 15575-4 (2013) estabelece que:
“7.2.2.3 Para avaliar in loco o
funcionamento dos componentes dos SVVIE, deve ser realizada verificação de
campo.
As ocorrências de fissuras ou
descolamentos são consideradas toleráveis, caso atendam às seguintes
características, conforme o local do aparecimento:
a) sistema de vedação vertical interna
(SVVI) ou faces internas de sistema de vedação vertical externa (SVVE)
(fachadas);
⎯ fissuras no corpo
dos SVVI ou nos seus encontros com elementos estruturais, destacamentos entre
placas de revestimento e outros seccionamentos do gênero, desde que não sejam
detectáveis a olho nu por um observador posicionado a 1,00 m da superfície do
elemento em análise, em um cone visual com ângulo igual ou inferior a 60°, sob
iluminamento igual ou maior que 250 lux, ou desde que a soma das extensões não
ultrapasse 0,1 m/m², referente à área total das paredes do ambiente
- descolamentos localizados de
revestimentos, detectáveis visualmente ou por exame de percussão (som cavo),
desde que não impliquem descontinuidades ou risco de projeção de material, não
ultrapassando área individual de 0,15 m² ou área total correspondente a 15 % do
elemento em análise;
b) fachadas ou sistemas de vedação
vertical externo (SVVE);
⎯ fissuras no corpo
das fachadas, descolamentos entre placas de revestimento e outros
seccionamentos do gênero, desde que não sejam detectáveis a olho nu por um
observador posicionado a 1,00 m da superfície do elemento em análise, em um
cone visual com ângulo igual ou inferior a 60°, sob iluminamento natural em dia
sem nebulosidade;
⎯ descolamentos de
revestimentos localizados, detectáveis visualmente ou por exame de percussão
(som cavo), desde que não impliquem descontinuidades ou risco de projeção de
material, não ultrapassando área individual de 0,10 m² ou área total
correspondente a 5 % do pano de fachada em análise."
Visto isso e analisando as afirmativas
individualmente, verifica-se que:
- A assertiva I está
correta, pois, de acordo com
a ABNT NBR 15575-4 (2014), a soma das extensões das fissuras no corpo dos SVVI
deve ser limitada a 0,1 m/m². Desse modo, a situação hipotética pode ser aceita;
- A assertiva II está
errada, uma vez que a norma
brasileira ABNT NBR 15575-4 (2013) estabelece que a soma das extensões dos
destacamentos não deve ultrapassar 0,1 m/m². Logo, a situação observada não pode ser aceita;
- A assertiva III está
correta, pois a ABNT NBR
15575-4 (2013) recomenda que os deslocamentos de revestimentos localizados em SVVI
não ultrapassem a área total correspondente a 15% do elemento em análise. Como
a situação da assertiva possui deslocamentos correspondentes a 10% da área
total do elemento em análise, ela é passível de aceitação;
- A assertiva IV está
errada, visto que a ABNT
NBR 15575-4 (2013) estabelece que os deslocamentos de revestimentos localizados
em SVVEs não devem ultrapassar 5% da área total do pano de fachada em análise e
a assertiva trata de uma situação com 10%. Logo, ela não é passível de
aceitação.
Desse modo, apenas as assertivas I e
III estão corretas, e, portanto, a alternativa D deve ser assinalada.
Gabarito do professor: Letra
D.