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ID
3090085
Banca
VUNESP
Órgão
MPE-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Leia atentamente o trecho a seguir e assinale a alternativa correta quanto à consecução dos objetivos e metas em organizações públicas.


As organizações demandam a presença de procedimentos, diálogos e todo um arcabouço, institucional e interpessoal, criados e administrados por pessoas, que gere seu contorno institucional e organizacional e, dessa forma, responda às demandas que lhe cabem.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

    As organizações demandam a presença de procedimentos, diálogos e todo um arcabouço, institucional e interpessoal, criados e administrados por pessoas, que gere seu contorno institucional e organizacional e, dessa forma, responda às demandas que lhe cabem. A construção cooperativa de uma política pública, envolvendo outros órgãos e atores, é uma das estratégias para melhor garantir sua institucionalização e atendimento às necessidades.

  • Alguém para comentar as outras? :)

  • A. A construção cooperativa de uma política pública, envolvendo outros órgãos e atores, é uma das estratégias para melhor garantir sua institucionalização e atendimento às necessidades.

    B. As legislações garantem por si só a institucionalização das políticas organizacionais, logo que representam a formalização da decisão política na busca pela resolução dos problemas.

    ( a existência de uma norma, não garante por si só a institucionalização das políticas organizacionais, elas precisam ser implantadas de fato)

    C. A liderança organizacional exerce pouco poder sobre a manutenção dos objetivos, uma vez que representam os interesses do órgão, não do detentor do cargo ou função.

    ( a liderança organizacional exerce grande poder, uma vez que o líder tem papel de influenciador)

    D. Em organizações públicas não é possível precisar e quantificar as metas, uma vez que as necessidades da sociedade são dinâmicas e alteram o escopo das organizações de tempos em tempos.

    (é possível quantificar as metas no setor público)

    E. A implementação do gerencialismo nas organizações públicas brasileiras permitiu a correta definição dos objetivos e metas, substituindo por completo o modelo patrimonialista e burocrático.

    (o gerencialismo não substituiu por completo os modelos antigos, ainda existem práticas patrimonialistas e burocráticas)

  • D. Em organizações públicas não é possível precisar e quantificar as metas, uma vez que as necessidades da sociedade são dinâmicas e alteram o escopo das organizações de tempos em tempos.

    Lembrei da Dilma, não vamos ter meta, mas se batermos a meta .....kk

    é sim, possível quantificar as metas no setor público!!!!

  • A questão em análise requer um amplo entendimento sobre gestão de políticas públicas num contexto de planejamento estratégico de organizações públicas. Por isso, para respondermos a essa questão, iremos analisar item por item:


    A) A construção cooperativa de uma política pública, envolvendo outros órgãos e atores, é uma das estratégias para melhor garantir sua institucionalização e atendimento às necessidades – durante a gestão de uma política pública, percebemos que uma das grandes dificuldades em sua implementação é o estabelecimento de parcerias e o apoio das partes interessadas. Nesse contexto, adotar uma estratégia para construir cooperação entre os atores envolvidos é, sem dúvida, fundamentar para garantir sua implementação e o atingimento dos objetivos estabelecidos. Portanto, essa alternativa é a resposta da questão em análise.


    B) As legislações garantem por si só a institucionalização das políticas organizacionais, logo que representam a formalização da decisão política na busca pela resolução dos problemas – o processo de institucionalização de uma política pública envolve diversos fatores relacionadas aos interesses das partes interessadas. O aspecto legal, com certeza, é um campo que deve ser seguido para a implantação de uma política pública. Porém, “por si só" ele não garante essa institucionalização.


    C) A liderança organizacional exerce pouco poder sobre a manutenção dos objetivos, uma vez que representam os interesses do órgão, não do detentor do cargo ou função - Segundo RIBAS (2015, apud HERSEY e BLANCHARD, 1986), liderança “é o processo de exercer influência sobre um indivíduo ou um grupo, nos esforços para realização de um objetivo, em determinada situação". Em face do exposto, percebe-se que a liderança é fundamental para a manutenção dos objetivos organizacionais.


    D) Em organizações públicas não é possível precisar e quantificar as metas, uma vez que as necessidades da sociedade são dinâmicas e alteram o escopo das organizações de tempos em tempos – As organizações públicas podem e devem criar seus próprios planejamentos estratégicos, uma vez que ele é fundamental para o alcance dos objetivos específicos de cada entidade e para gerar valor à sociedade. O Planejamento Estratégico de qualquer instituição se desdobra em: objetivos estratégicos, estratégias, iniciativas estratégicas, indicadores e metas. Nesse contexto, segundo o Tribunal de Contas da União: “as iniciativas estratégicas indicam, em linhas gerais, o conjunto de medidas ou ações a serem implementadas no curto, médio e longo prazos para assegurar o alcance dos objetivos estabelecidos no mapa estratégico e para preencher as lacunas existentes entre o desempenho atual da organização e o desejado". Assim, dessa análise, percebe-se que, apesar dos objetivos da sociedade serem dinâmicos, o planejamento estratégico de um órgão público consegue qualificar e quantificar suas estratégias, seus indicadores e suas metas. Sendo assim, essa alternativa não pode ser o gabarito da questão.


    E) A implementação do gerencialismo nas organizações públicas brasileiras permitiu a correta definição dos objetivos e metas, substituindo por completo o modelo patrimonialista e burocrático – Ao abordar a temática do gerencialismo, cabe um breve comentário para responder essa alternativa. A partir da redefinição do papel do Estado com Luiz Carlos Bresser Pereira (Ministro do Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado, no governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1995) no chamado de Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado – PDRAE, o “Estado deixa de ser o responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social pela via da produção de bens e serviços para se adequar a uma nova função de Estado Gerencial"(MATIAS-PEREIRA, 2018). Essa nova forma de Administração Pública exige uma atuação descentralizada e baseada em resultados. Apesar de ser um novo modelo de administração, o Estado Gerencial não rompeu com o Burocrático, mas está apoiado também em princípios da Administração Burocrática. Portanto, percebe-se que a Administração Gerencial ou gerencialismo não substituiu “por completo" os modelos anteriores, mas excluiu as práticas impróprias do patrimonialismo, aperfeiçoou e mudou determinadas condutas do modelo burocrático. Sendo assim, essa alternativa não pode ser a resposta da questão em análise.


    GABARITO DO PROFESSOR:  Letra A.


    FONTES:

    MATIAS-PEREIRA, José. Administração Pública: foco nas instituições e ações governamentais. 5ª Ed. – São Paulo: Atlas, 2018.

    BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Brasília, 1995.

    RIBAS, Andréia Lins. Gestão de Pessoas para concursos. 3­ª Ed. – Brasília: Alumnus, 2015...
  • Um modelo administrativo não é substituído por completo, ele vem para corrigir as falhas deixadas pelo modelo anterior. Podemos ver traços atualmente do modelo patrimonialista e burocratico embora o modelo gerencial tenha sido implementado desdo os anos 90.