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TECNOPOLÍTICA
O que acham que é: Política feita por bots.
O que realmente é: Tecnopolítica (Technopolitics, em inglês) significa ação, comunicação e gestão políticas feitas por meio de ferramentas tecnológicas.
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Queria saber qual a fonte dessas questões. Alguem sabe?
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As características essenciais de um projeto são as mesmas tanto em uma entidade pública, quanto privada. Dito isso, vamos analisar as alternativas:
Alternativa A: Incorreta. Os projetos realizados no setor público possuem todas as fases essenciais da gestão de projetos. Sendo assim, não há lógica em dizer que a etapa de encerramento está ausente. Vale relembrar que, segundo o PMBOK, compõe o ciclo de vida de um projeto as seguintes fases: início, organização e preparação, execução e encerramento.
Alternativa B: Incorreta. A Lei nº 8.666/93 institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. A temporalidade presente nos projetos não é motivo para inexigibilidade ou dispensa na licitação. Vamos imaginar a construção de uma ponte para interligar dois municípios ou a construção de estádio para a Copa do Mundo. Estes são exemplos de projetos dentro da esfera pública que passam pelo processo licitatório para que todas as empresas interessadas e que se enquadrem nas exigências do edital possam concorrer.
Alternativa C: Incorreta. Os projetos devem sim estar alinhados com o PPA, instrumento que guia as ações da administração pública, porém, não possui a obrigação de ter data de início e fim entre janeiro e dezembro, mas apenas ter um início e fim definidos, podendo durar dias, meses ou anos.
Alternativa D: Incorreta. Conforme dito anteriormente, os projetos realizados no setor público possuem todas as fases essenciais da gestão de projetos. Portanto, está presente a etapa de gestão de riscos.
Alternativa E: Correta. De acordo com o PMBOK, um projeto pode envolver um único indivíduo ou um grupo, ou ainda pode envolver uma única organização ou múltiplas unidades organizacionais de múltiplas organizações. Além disso, envolvem recursos que são limitados e o planejamento, execução e controle, ou seja, a atenção gerencial. Cabe falar que o mesmo ocorre nas organizações privadas.
Gabarito: E
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Gabarito E
A) "Projetos públicos não possuem a etapa de encerramento..." Todo projeto tem a fase de encerramento, senão não é projeto.
B) "O caráter temporário de um projeto permite maior flexibilidade nas contratações, sem as obrigatoriedades da Lei nº 8.666/93." Na lei 8666/93 não há essa excepcionalidade dentre as dispensas e inexigibilidades de licitações.
C) "Os projetos devem ser alinhados com o PPA, e possuir data de início e fim equivalentes com o ano fiscal." Segundo a LRF, os projetos incluídos na LOA não poderão ter duração superior a um exercício financeiro (salvo os incluídos no PPA ou autorizada legalmente sua inclusão. Ou seja, projetos constantes no PPA poderão ter duração superior a um exercício financeiro).
D) "A complexidade do ambiente tecnopolítico dos órgãos públicos torna a gestão de riscos inviável tecnicamente." Acredito que a gestão de riscos deverá sempre ser aplicada para que o gestor saiba quando aproveitar os riscos positivos e contingenciar os riscos negativos. (Qualquer coisa corrijam-me)
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A
questão cobra conhecimento sobre as características de um projeto no
setor público.
Gilberto
Barbosa realizou estudo sobre a influência das especificidades da gestão
pública na gestão de projeto. Dentro das análises realizadas ao longo do
trabalho do autor, foram constatadas as seguintes especificidades que devem ser
consideradas na gestão de projetos do setor público [1]:
1. Ambiente
legal mais rigoroso;
2. Políticas
de pessoal não meritocráticas;
3. Influência
política;
4. Gestão
de uma maior quantidade e diversidade stakeholders;
5. Dificuldade
de mensuração do desempenho.
Diante
disso, analisemos as alternativas:
A) ERRADA. O
setor público também observa as melhores práticas de gerenciamento de projetos.
Nesse sentido, mesmo com a maior variedade de stakeholders que no setor
privado, a etapa de encerramento também é aplicada na gestão de projetos do
setor público. Caso não houvesse encerramento, o projeto perderia a sua
característica essencial: ser um empreendimento temporário.
B) ERRADA. Uma das especificidades
da gestão de projetos no setor público é o seu ambiente legal mais
rigoroso. Conforme exposto por Gilberto Barbosa, as regras, as legislações
e o controle são maiores no setor público que no setor privado, o que impacta
na necessidade maior de controles e documentação nos projetos para atender aos
requisitos de conformidade [1]. Nesse sentido, caso o projeto seja relacionado à
aquisições, a Lei nº 8.666/93 deve ser observada.
C) ERRADA.
Não
há obrigatoriedade de que os projetos no setor público tenham data de
início e fim equivalentes com o ano fiscal.
D) ERRADA.
Conforme
exposto no estudo de Gilberto Barbosa, no setor público, existe uma variedade e
complexidade ainda maior de eventos de riscos, tais como os riscos de mudanças políticas,
de gestão das expectativas da ampla gama de partes interessadas e das políticas
de aquisição. Há ainda uma característica de assumir poucos riscos no setor
público em função do zelo pelo recurso público e da expectativa de controle [1].
Diante disso, a gestão de riscos no setor público tem características únicas e
deve ser aplicada. A Instrução Normativa Conjunta CGU/MPOG nº 1/2016, por
exemplo, dispõe sobre controles internos, gestão de riscos e governança no
âmbito do Poder Executivo Federal.
E) CERTA. Os projetos
no setor público permeiam diversos departamentos organizações e, conforme
exposto por Gilberto Barbosa, “nem todos os cursos estão sob controle da equipe
do projeto" [1]. Diante disso, e considerando que o orçamento autorizado é limitado
pela Lei Orçamentária Anual, é comum haver disputas por recursos e por atenção
gerencial para que a execução do projeto seja priorizada dentro do órgão
público.
Gabarito
da professora: LETRA E.
Referência:
[1] Gilberto Porto
Barbosa. Do Magic Thinking para o Adult Thinking: a influência das
especificidades da gestão pública na gestão de projeto. Dissertação (mestrado) –
Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas. Fundação Getúlio
Vargas. Rio de Janeiro. 2015.