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O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais.
A infecção pelo HPV é muito comum. Estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo de suas vidas. Aproximadamente 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos subtipos 16, 18 ou ambos. Comparando-se esse dado com a incidência anual de aproximadamente 500 mil casos de câncer de colo do útero, conclui-se que o câncer é um desfecho raro, mesmo na presença da infecção pelo HPV. Ou seja, a infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente, para o desenvolvimento do câncer cervical uterino.
Na maioria das vezes a infecção cervical pelo HPV é transitória e regride espontaneamente, entre seis meses a dois anos após a exposição. No pequeno número de casos nos quais a infecção persiste e, especialmente, é causada por um subtipo viral oncogênico, pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras (lesão intraepitelial escamosa de alto grau e adenocarcinoma in situ), cuja identificação e tratamento adequado possibilita a prevenção da progressão para o câncer cervical invasivo.
Além de aspectos relacionados à própria infecção pelo HPV (subtipo e carga viral, infecção única ou múltipla), outros fatores ligados à imunidade, à genética e ao comportamento sexual parecem influenciar os mecanismos ainda incertos que determinam a regressão ou a persistência da infecção e também a progressão para lesões precursoras ou câncer. Desta forma, o tabagismo, a iniciação sexual precoce, a multiplicidade de parceiros sexuais, a multiparidade e o uso de contraceptivos orais são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de câncer do colo do útero. A idade também interfere nesse processo, sendo que a maioria das infecções por HPV em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente, ao passo que acima dessa idade a persistência é mais frequente.
Fonte: https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/fatores-de-risco
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GABARITO LETRA B: A infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente para o desenvolvimento do câncer do colo do útero.
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Caros colegas, segue pequeno complemento.
Prevenção
Vacina contra o HPV: é a medida mais eficaz para prevenção contra a infeção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para:
Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
Pessoas que vivem HIV;
Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos;
Mas, ressalta-se que a vacina não é um tratamento, não sendo eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes.
http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/hpv
CREIA EM DEUS, FAÇA SUA PARTE.
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Há cofatores que aumentam o potencial de desenvolvimento do câncer genital em mulheres infectadas pelo papilomavírus: número elevado de gestações, uso de contraceptivos orais, tabagismo, infecção pelo HIV e outras doenças sexualmente transmitidas (como herpes e clamídia). Ou seja, o fumo é um fator de risco e não um determinante. Alternativa A está errada.
Aproximadamente 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelo tipo 16 ou 18, ou por ambos. Comparando-se esse dado com a incidência anual de aproximadamente 500 mil casos de câncer do colo de útero, conclui-se que o câncer é um desfecho raro, mesmo na presença da infecção pelo HPV. Portanto, a infecção pelo HPV é um fator necessário, mas não suficiente, para o desenvolvimento do câncer do colo de útero. Alternativa B está correta.
Não há como saber se as verrugas genitais desaparecerão ou crescerão, portanto sempre está indicado o acompanhamento médico para a escolha do melhor método de tratamento. Alternativa C está incorreta.
A alternativa D está totalmente confusa, ela coloca que as lesões precursoras são assintomáticas e depois lista os sintomas. Alternativa D está incorreta.
A vacinação é uma ferramenta de prevenção primária e não substitui o rastreamento do câncer do colo de útero em mulheres na faixa etária entre 25 e 64 anos. Alternativa E está errada.
Gabarito do Professor: Letra B
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Tabagismo. Mulheres que fumam têm o dobro de probabilidade de desenvolver câncer de colo do útero em relação àquelas que não fumam. Fumar expõe o corpo a muitos produtos químicos cancerígenos que afetam outros órgãos além dos pulmões. Essas substâncias prejudiciais são absorvidas pelos pulmões e transportadas pela corrente sanguínea por todo o corpo, além do que fumar torna as defesas do sistema imunológico menos eficazes no combate a infecções pelo HPV.
fonte: INCA