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ID
3119662
Banca
VUNESP
Órgão
SAEMAS - SP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  E se no futuro o trabalho, tal como o

                            entendemos, não fizer parte de nossa vida?


      Ter um trabalho nos proporciona estabilidade, ao mesmo tempo em que nos rouba liberdade na hora de administrar nosso tempo. Essa contradição abre o debate sobre se trabalhar é uma fonte de felicidade ou infelicidade. A instabilidade econômica e a chamada quarta revolução industrial, que substituirá o esforço humano por máquinas, podem nos obrigar a repensar nosso eu profissional. A filósofa, feminista e autora de repercussão internacional, a britânica Nina Power, analisa se, em tempos em que o futuro do trabalho é pouco promissor, deveríamos buscar alternativas.

      A felicidade foi devorada pelo capitalismo, Power proclama em seus escritos, nos quais defende que nos fizeram entender a qualidade de vida como um acúmulo de posses materiais que obtemos a partir do trabalho. Por isso, em suas intervenções públicas, ela expõe a possibilidade de ser feliz com novas formas de emprego ou a ausência dele.

      “As novas gerações são as que estão menos de acordo com uma existência laboral feita de horários impossíveis e salários miseráveis. O capitalismo nos vendeu que o contrário do trabalho é a vadiagem; mas os mais jovens já não compram essa ideia. Tampouco acreditam que devamos nos sentir felizes porque nossas longas jornadas de trabalho nos tornam mais produtivos”, diz Power.

      Colaboradora habitual do jornal The Guardian, em um de seus artigos para o jornal, Power conta como a Loteria Nacional do Reino Unido acertou na hora de lançar um prêmio em forma de salário anual em vez de outorgar uma grande quantidade em espécie. É um sistema que também funciona na Espanha e que seus criadores explicam como “a forma de se libertar de todas as coisas irritantes do dia a dia”. Surge então a questão sobre se o trabalho é, talvez, não só uma dessas coisas irritantes, mas a maior de todas elas.

      Com suas ideias, Power não está nos incentivando a abraçar uma vida ociosa, mas a buscar novas formas de ser autossuficientes no aspecto laboral. Uma das possibilidades que se apresentam para um futuro próximo é que as máquinas ocupem boa parte dos trabalhos que agora os humanos desempenham. “Nesse caso, seria uma oportunidade para prestar mais atenção a profissões próximas do cuidado humano, aquelas das quais a inteligência artificial não se pode encarregar. São trabalhos relacionados com o cuidado de bebês, idosos ou doentes, e que, na atualidade, são os mais mal pagos e os que permanecem mais ocultos em termos de reconhecimento social”, destaca.

(Héctor Llanos Martínez. https://brasil.elpais.com, 17.07.2017. Adaptado)

No quarto parágrafo, a alusão ao novo sistema de premiação de loterias no Reino Unido e na Espanha reforça a tese de que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Colaboradora habitual do jornal The Guardian, em um de seus artigos para o jornal, Power conta como a Loteria Nacional do Reino Unido acertou na hora de lançar um prêmio em forma de salário anual em vez de outorgar uma grande quantidade em espécie. É um sistema que também funciona na Espanha e que seus criadores explicam como ?a forma de se libertar de todas as coisas irritantes do dia a dia?. Surge então a questão sobre se o trabalho é, talvez, não só uma dessas coisas irritantes, mas a maior de todas elas.

    ? A parte em destaque fornece embasamento para nossa resposta, refere-se ao a possibilidade do trabalho ser a coisa mais irritante do nosso dia, isto é, o trabalho está associado à infelicidade.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • como se o comunismo e o socialismo nao trazem infelicidade, nenhuma dessas ideologias deram certo, todas fracassaram.. enquanto o capitalismo faz com que coloquemos o dinheiro em primeiro lugar na ilusão de que trará felicidade o socialismo/ comunismo espalha a miseria entre todos( excluindo os poderosos)...não acreditem nesse mundo porque ele está fadado ao fracasso, jesus está voltando.

  • Meu Deus, tem gente problematizando o texto? Se você não gostou só responde e vaza

  • Engraçado pois no próprio texto ela fala que é possível ser feliz e ter um emprego:

    "Ela expõe a possibilidade de ser feliz com novas formas de emprego ou a ausência dele".

    "Power não está nos incentivando a abraçar uma vida ociosa, mas a buscar novas formas de ser autossuficientes no aspecto laboral".

    Quando a assertiva diz: "O trabalho está associado à infelicidade na sociedade capitalista".

    Parece que o trabalho em si esta associado à infelicidade, porém ela diz que o problema é a necessidade de bens matérias e a sentimento de se sentir produtivo

    "Power proclama em seus escritos, nos quais defende que nos fizeram entender a qualidade de vida como um acúmulo de posses materiais que obtemos a partir do trabalho"

  • questão muito mal formulada, apesar de ter acertado.