Ao tratar de psicoterapia de apoio, a questão está se referindo a um tipo de psicoterapia psicodinâmica, que se divide em psicoterapia psicanalítica a qual, por sua vez, se divide em vários subtipos, e psicoterapia de apoio.
A psicoterapia psicanalítica é uma técnica em que, tal como na psicanálise, a interpretação tem um papel central, porém diferencia-se por um papel mais ativo por parte do psicoterapeuta, na medida em que tenta ajudar o paciente na resolução de problemas concretos e da vida real. Há a compreensão do funcionamento do paciente e da sua personalidade, assim como, a análise da transferência e das resistências com uma reconstrução limitada do passado. É importante especificar a área ou o nível, em que o paciente está a adquirir insight como, por exemplo, nos sentimentos, no comportamento ou nas relações interpessoais atuais. Ao nível das técnicas utilizadas, também podemos encontrar alguns aspectos distintos, entre a psicanálise e a psicoterapia psicodinâmica expressiva, nomeadamente o recurso mais frequente do que na psicanálise à clarificação, sugestão, confrontação e à aprendizagem através da experiência. A transferência e contratransferência que são usadas para trabalhar as reações do paciente na relação com o terapeuta e outros, na psicoterapia psicodinâmica está mais focado no “aqui e agora". A frequência deste tipo de intervenção é de 2 a 3 sessões por semana, sendo considerada breve até às 24 sessões durante 1 a 6 anos. Também é chamada psicoterapia orientada para o insight, expressiva ou intensiva, em que se promove o desenvolvimento do insight e a ventilação dos sentimentos num setting com limites e ausência de julgamento.
A psicoterapia psicodinâmica de apoio é mais habitual em pacientes mais perturbados e que não têm recursos internos para outro tipo de trabalho terapêutico. Por exemplo, quando o paciente resiste a uma psicoterapia expressiva e a avaliação diagnóstica efetuada indica que um processo gradual de maturação, baseada num foco identificado, é a melhor forma de promover o desenvolvimento. Assim, podemos considerar que o objetivo é restaurar ou fortalecer as defesas e integrar as capacidades deterioradas, oferecendo o suporte de uma figura investida de autoridade durante um período de doença, turbulência ou descompensação temporária. Na psicoterapia de apoio a intenção é apoiar e reconstruir os
mecanismos de defesa e os métodos adaptativos usados habitualmente pelo paciente antes da descompensação. Mais do que a resolução dos conflitos inconscientes, procura-se um insight mais focado no ajustamento do comportamento e das relações. A neutralidade técnica é sistematicamente abandonada, dado que o terapeuta se coloca alternativamente do lado do ego, id, supereu ou realidade externa, em função do aspeto que apresente, numa determinada altura, um maior potencial adaptativo para o paciente. Salienta-se a importância da expressão de emoções na diminuição da tensão e redução da ansiedade, o que promove o aumento do insight e da objetividade na avaliação do problema atual, aumentando a segurança, a aceitação de si e os sentimentos de proteção, fomentando a independência. A frequência tanto pode ser várias vezes por semana como uma vez por mês, dependendo da situação clinica do paciente e dos objetivos do tratamento.
GABARITO: C