A
questão está errada, pois o Brasil votou contra. O Conselho de Segurança da
ONU, com base no capítulo VII da Carta das Nações Unidas, tem o poder de
aprovar sanções militares e não militares contra países que ameacem a paz e a
segurança internacionais. O Irã é acusado pelas potências ocidentais de ter um
programa de enriquecimento de urânio com finalidade de construir uma bomba
atômica. Por essa razão, o país foi alvo de sanções não militares (que podem
ser econômicas, diplomáticas, de comunicação, etc.) do Conselho de Segurança diversas vezes. Uma
delas ocorreu em 2010. Para serem válidas, as resoluções têm que ser aprovadas
por 9 dos 15 membros do Conselho, incluindo os membros permanentes (EUA, Grã
Bretanha, França, China e Rússia). No caso da sanção contra o Irã em 2010,
foram 12 votos a favor, uma abstenção e dois contra (Brasil e Turquia). Em
novembro de 2013, as principais potências mundiais e o Irã chegaram a um acordo
sobre o programa nuclear iraniano. Na época da resolução, o Brasil justificou
seu voto contrário da seguinte maneira: “O Brasil e a Turquia entendem que as sanções não são a melhor resposta
neste momento. O governo brasileiro
está convencido de que a resolução da questão suscitada pelo programa nuclear iraniano só será
possível por meio da negociação”.