A metropolização é o fenômeno em que vários centros ou aglomerações populacionais crescem e se integram em torno de uma ou mais áreas urbanas. Ocorre quando uma cidade possui um elevado crescimento urbano, a ponto de integrar outras cidades e estabelecer em torno de si uma centralidade econômica, atraindo pessoas, capitais e investimentos.
Com a metropolização, observa-se a transformação de uma cidade – geralmente uma capital nacional ou local – em uma metrópole, que passa a se configurar como uma espécie de “cidade mãe” de uma região metropolitana, que é integrada por cidades menores que congregam o seu entorno. Essas cidades são também conhecidas por cidades satélites.
Geralmente, o nível de integração que caracteriza a formação de metrópoles perpassa pela ocorrência da conurbação, que é a junção ou união entre o espaço urbano de duas ou mais cidades, ou seja, municípios diferentes passam a dividir o mesmo espaço urbano. Costuma ocorrer, nesse sentido, uma grande dependência econômica das cidades-satélites, de modo que muitos analistas as denominam como cidades-dormitórios, uma vez que sua função principal é servir de moradia para a classe trabalhadora que atua nas metrópoles. No entanto, atualmente, no Brasil, essa lógica vem gradualmente se modificando.
É importante não confundir a metropolização com a urbanização. Urbanizar significa elevar o crescimento das cidades em relação ao campo, enquanto metropolizar é elevar a concentração populacional e econômica em torno das metrópoles e regiões metropolitanas. No entanto, assim como a urbanização, a metropolização ocorreu primeiramente nos países desenvolvidos, uma vez que esses foram os pioneiros em conhecer as consequências das transformações industriais. Atualmente, são os países subdesenvolvidos que passam por esse processo, registrando também a maior concentração de problemas referentes à formação de grandes aglomerados urbanos.
A O processo de metropolização é fenômeno característico de centros urbanos ricos com necessidade de expandir ainda mais a riqueza por meio do trabalho no circuito produtivo, ampliando o mercado consumidor e democratizando o uso e a ocupação do território urbano.
B As metrópoles surgem em resposta ao processo de globalização, pois as cidades que sediam as principais empresas multinacionais acabam por se tornar centrais de comando e poder e reproduzir o padrão e o circuito produtivo dos países desenvolvidos. Isso transforma as diversas cidades em realidades muito homogêneas entre elas, o que resulta na democratização do uso e ocupação do espaço, e do consumo e do acesso aos bens e serviços de forma mundial.
C A metropolização é caracterizada pelo espraiamento da ocupação do território para além dos limites municipais, ao mesmo tempo em que centraliza o capital, os serviços, o trabalho e as principais infraestruturas urbanas; o processo desigual de ocupação e uso do território segrega a sociedade e fragmenta o espaço.
D A dispersão dos limites metropolitanos, conurbando os municípios, é fruto de uma racionalidade orquestrada entre o capital financeiro e o Estado, ambos focados no interesse de ampliar os benefícios dos grandes centros urbanos para as áreas periféricas, diminuindo a desigualdade social e a segregação espacial.
E A rede de transporte, de comunicação e de produção das grandes aglomerações urbanas traz benefícios não só para as empresas como também para os trabalhadores e moradores, pois concentra o circuito produtivo em redes aproximadas. Isso facilita a circulação do trabalhador e do consumidor e possibilita que áreas periféricas da metrópole sejam beneficiadas pela centralização dos serviços e infraestruturas urbanas.