Segundo Celso Furtado, as características da procura do café, cujo consumo não baixa durante depressões nos países de elevadas rendas, não ocasionariam sozinhas a tremenda baixa do preço do café. Contudo, somado à crise interna de supersafras, o preço baixou. Nos Estados-Unidos, o preço pago por libra do café foi de 47,9 para 32,8 centavos. Assim, as organizações intermediárias transferiram suas perdas devido à crise ao produtor, que já estava debilitado. No caso de não ser mais necessária a preocupação com os preços do café (devido a política de proteção do governo), abria-se a oportunidade de exportar mais, e assim fora feito entre 1929 e 1937, quando a exportação subiu 25%. Ainda assim, parte da produção ficava sem possibilidade de ser posta no mercado. Ainda, durante os anos da depressão, os preços pagos pelo consumidor chegaram a baixar 40%, sem que o consumo apresentasse qualquer variação significativa. Em 1933 esse consumo era exatamente igual ao de 1929. Nos anos seguintes a 1933, cresce a renda dos consumidores. Somando-se, há dois efeitos positivos (queda do preço e aumento de renda) que, no fim, não aumentaram o consumo significativamente nem entre 1931, 33 e 37.