SóProvas


ID
31372
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A crise deflagrada nos Estados Unidos da América no último trimestre
de 1929 afetou as políticas econômicas implementadas e o desempenho
da economia brasileira. Acerca desse tema, julgue (C ou E) os itens
seguintes.

Durante o período de recessão mundial, as atividades voltadas para o mercado interno brasileiro não cresceram, dada a inexistência de capacidade ociosa para o aumento da produção, entre outras condições desfavoráveis.

Alternativas
Comentários
  • A indústria de bens leves voltada para o mercado interno cresceu consistentemente durante a década de 40, isso mesmo apesar da dificuldade de se importar bens de capital neste período (como de se importar qualquer outro bem neste período) por conta do fraco desempenho das exportações nacionais. Sendo assim, admite-se que o crescimento da produção foi fortemente baseado na capacidade ociosa acumulada no período anterior.
  • Questão ERRADA!


    O período de recessão que se seguiu após a crise de 1929 teve grandes implicações para a economia brasileira.

    Teve início o Processo de Substituição de Importações (PSI), que visava desenvolver o mercado interno, tornando
    a economia brasileira menos exposta aos choques externos.


    Conforme Gremaud, Vaconcellos e Toneto Jr. (2007):

    "O processo de industrialização por substituição de importações caracterizava-se pela idéia de "construção nacional", ou seja,
    alcançar o desenvolvimento e a autonomia com base na industrialização" (p.373).



    GREMAUD; VASCONCELLOS; TONETO JR. Economia Brasileira Contemporânea. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2007.




    Deus seja louvado!
  • É justamente o oposto do que diz a questão, nos termos da teoria dos choques adversos.
  • O historiador Marcelo Paiva Abreu nos apresenta ideia contrária à afirmativa. Com o impacto da crise, o Estado passou a intervir na economia e incentivar a produção industrial voltada para o mercado interno. Como podemos conferir em:

    “Na esteira da crise, aumentou consideravelmente o peso do Estado na economia (...) a partir do final dos anos 1930 começou a ganhar corpo o Estado produtor de bens e serviços, em muitos casos, por meio de sociedades de economia mista, das quais o governo federal era acionista majoritário. A crise externa acarretou forte desvalorização cambial que, conjugada à modesta redução do nível de atividade econômica e ao controle de importações em muitos momentos da década de 1930, gerou forte reorientação da demanda em benefício de produtores domésticos em concorrência com importações.” (História do Brasil Nação, v.4, 179)